O técnico da seleção da Itália, Gennaro Gattuso, admitiu que o clima para a partida contra Israel, válida pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, não é dos melhores e revelou a existência de uma grande pressão.

A tetracampeã mundial está em uma situação não muito confortável.

Além da responsabilidade de voltar a disputar o torneio da Fifa, a Itália tem poucas chances de ficar na liderança do grupo I da competição em razão da boa campanha da Noruega.

Além disso, a Azzurra encontrou dificuldades para derrotar Israel no primeiro turno e voltará a encarar o adversário no dia 14 de outubro, em Údine, no Bluenergy Stadium, precisando somar três pontos para ficar confortavelmente na segunda posição. No entanto, o jogo acontecerá diante de um contexto muito difícil.

"Sou um homem de paz, mas temos que jogar contra Israel porque eles estão no nosso grupo. É doloroso ver pessoas inocentes e crianças morrendo, mas temos que entrar em campo. Se não jogarmos, perdemos por 3 a 0. Sabemos que haverá muito pouca gente lá e entendo a preocupação. Dado tudo isso, certamente não podemos dizer que o ambiente é pacífico: haverá 10 mil pessoas do lado de fora e 5 mil do lado de dentro", declarou Gattuso em uma coletiva de imprensa.

O embate entre italianos e israelenses também será marcado por protestos contra a guerra na Faixa de Gaza nos arredores do estádio da Udinese. O treinador citou que é responsabilidade dos jogadores entrarem em campo para representar a Itália.

Sonhando em voltar para o Mundial depois de o país ficar de fora das últimas duas edições, o treinador italiano destacou ser necessário "um clima mais entusiasmado".

Antes do jogo contra Israel, a Itália entrará em campo no próximo sábado (11), em Tallinn, para enfrentar a Estônia.