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China aposta em centros de dados subaquáticos para reduzir consumo de energia e emissões
Uma empresa chinesa pretende submergir um módulo de servidores no mar, ao largo de Xangai, para diminuir o gasto energético dos centros de dados, cujo uso cresce com a expansão da inteligência artificial.
A instalação, uma cápsula amarela de grandes dimensões, está quase pronta em um estaleiro da cidade e deve ser colocada sob as águas em meados de outubro.
"As operações subaquáticas têm vantagens inerentes", disse Yang Ye, vice-presidente da Highlander, que desenvolve o projeto com apoio estatal, à mídia francesa.
Instalações desse tipo podem economizar cerca de 90% do consumo de energia destinado ao resfriamento.
O sistema aproveita as correntes oceânicas para resfriar os servidores, dispensando o ar-condicionado e usando energia eólica offshore. É um dos primeiros projetos comerciais desse tipo no mundo.
Apesar do entusiasmo, há dúvidas sobre viabilidade e impacto ambiental. O engenheiro Zhou Jun reconheceu que "a construção foi mais complexa do que o previsto". Já o biólogo Andrew Want, da Universidade de Hull, alertou que o calor liberado "pode alterar o comportamento de espécies marinhas".
Para o pesquisador Shaolei Ren, da Universidade da Califórnia, os centros submersos podem "complementar, mas não substituir" os tradicionais em terra.
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