A ex-presidente do CSA, Mírian Monte, divulgou uma longa nota de esclarecimento nesta terça-feira (23), em resposta às acusações feitas pela junta formada por conselheiros do clube, em coletiva realizada no dia anterior. A antiga diretoria, afastada desde 1º de setembro pelo Conselho Deliberativo, foi alvo de denúncias que incluem pagamentos irregulares de “bichos” (prêmios por vitórias), retirada de documentos do Centro de Treinamento (CT), apagamento de imagens de câmeras, débitos milionários e empréstimos com supostos agiotas.

Entre os principais pontos, Mírian explicou que os valores de premiação aos jogadores foram previamente acertados com a diretoria de futebol e que, em alguns casos, os depósitos foram feitos na conta de dirigentes apenas para facilitar a distribuição entre atletas. Sobre a retirada de documentos do CT após o rebaixamento para a Série D, a ex-presidente afirmou que a medida foi tomada por orientação do setor administrativo para digitalização e segurança, com devolução no dia seguinte.

A ex-mandatária também negou a existência de “agiotagem”, alegando que os empréstimos feitos ao clube partiram de conselheiros e torcedores, sem cobrança de juros, e que todos já foram quitados. Em relação às críticas à estrutura do CT, Mírian ressaltou que o local foi recebido de forma precária pela sua gestão e que as manutenções realizadas garantiram a aprovação do espaço pela CBF e até pela FIFA para a Copa do Mundo Feminina de 2027.

Sobre as denúncias de desorganização contábil e atrasos trabalhistas, a dirigente garantiu que toda a documentação está disponível para consulta no Conselho Fiscal e que os pagamentos de 13º salário e férias foram feitos conforme previsto em contrato. “Coloco-me à disposição do CSA para prestar qualquer esclarecimento adicional”, finalizou Mírian.