Esportes
De Palmeiras e Flamengo a Criciúma e Vitória: estaduais têm últimos campeões brasileiros e recém-promovidos em alta
Dos 20 participantes da Série A do Brasileiro, 12 chegaram à finais das competições. Todos já têm compromissos encerrados
Brasileirão à vista. A competição que reúne a elite do futebol brasileiro começa neste final de semana, uma semana depois do fim de 15 estaduais pelo país, que para boa parte dos times da Série A, como Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, últimos campeões, foi um bom início de ano. Assim como dos quatro recém-promovidos, que garantiram três títulos e um vice-campeonato improvável.
No total, 12 equipes da Série A chegaram ás finais de seus estaduais, pelo menos. Nove foram campeões, com os três vices sendo também equipes da elite. Veja o balanço:
Quem foi campeão:
Campeonato Baiano: Vitória
Campeonato Carioca: Flamengo
Campeonato Catarinense: Criciúma
Campeonato Gaúcho: Grêmio
Campeonato Goiano: Atlético-GO
Campeonato Mato-Grossense: Cuiabá
Campeonato Mineiro: Atlético-MG
Campeonato Paranaense: Athletico
Campeonato Paulista: Palmeiras
Quem foi vice-campeão:
Campeonato Baiano: Bahia
Campeonato Cearense: Fortaleza
Campeonato Gaúcho: Juventude
Campeonato Mineiro: Cruzeiro
Quem ficou de fora das finais:
Botafogo
Bragantino
Corinthians
Fluminense
Internacional
São Paulo
Vasco
Em alta: últimos campeões brasileiros
Campeões brasileiros nas últimas seis edições, o trio Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras sai em alta dos estaduais. O rubro-negro voltou a ser campeão carioca — após dois anos — com direito a melhor defesa da história do campeonato, com apenas um gol sofrido. Pedro, artilheiro do campeonato, com 11 gols, termina como destaque do Flamengo, bem como a dupla de zaga Léo Pereira e Fabrício Bruno.
Eleito melhor jogador do segundo jogo da final contra o Santos, no Campeonato Paulista, Endrick fez grande estadual em seus últimos meses de Palmeiras antes de se despedir rumo ao Real Madrid. Mas o atacante argentino Flaco López e o meia Raphael Veiga também foram nomes importantes na conquista do tricampeonato alviverde.
López foi artilheiro, com 11 gols, e Veiga fez sete, incluindo o primeiro da vitória por 2 a 0 no último domingo. Atual bicampeão brasileiro, o Palmeiras chega a mais uma edição com muita moral, com o melhor ataque de São Paulo: 29 gols marcados.
A história de maior reviravolta foi a do Galo, que trocou de técnico pouco antes da final. Saiu Felipão e entrou Gabriel Milito, que comandou a equipe em vitória de virada (3 a 1) sobre o rival Cruzeiro, que tinha vantagem do empate justamente por ter feito uma campanha melhor que o Galo na fase de grupos. O Atlético terminou o estadual com o melhor ataque (22 gols marcados) e Hulk em evidência, com nove participações a gols. Contratação de mais impacto da temporada, Scarpa marcou pela primeira vez na decisão.
Em alta: os promovidos
Atlético-GO, Criciúma, Juventude e Vitória voltam a Série A com muita moral após três conquistas estaduais. Todos foram para as decisões, com apenas o Juventude ficando com o vice-campeonato, ainda que simbólico: a equipe de Caxias do Sul eliminou o Internacional para fazer a final com o Grêmio. Gilberto, clássico centroavante com passagens por Bahia, Vasco e São Paulo, fez cinco gols na campanha do time de Roger Machado.
O Atlético Goianiense de Jair Ventura foi tricampeão goiano ao vencer duas vezes o Vila Nova. Na equipe, estão nomes como Luiz Fernando (ex-Botafogo, artilheiro do campeonato com 11 gols), Shaylon (ex-São Paulo) e o icônico Vagner Love. O uruguaio Emiliano Rodríguez foi outro destaque, com dois gols marcados no segundo jogo da final.
Em Santa Catarina, o único representante do estado na Série A ficou com o título. Ainda sem Bolasie, principal contratação da temporada, o Criciúma de Renato Kayzer e Felipe Vizeu, ex-Vasco e Flamengo, respectivamente, dominou a primeira fase com campanha de oito vitórias, um empate e duas derrotas, mais a melhor defesa, com sete gols sofridos. O time de Cláudio Tencati bateu o Brusque na final.
Um Ba-Vi voltou a decidir o Campeonato Baiano depois de seis anos. Melhor para o Vitória, que mesmo em ano de retorno à Série A, fez campanha na primeira fase igual à do rival Bahia, que investiu pesado em mais um ano após compra da SAF pelo Grupo City. O Leão do Barradão venceu o primeiro jogo da final de virada e garantiu o empate no segundo. No elenco do Vitória estão nomes como Osvaldo (ex-Ceará e São Paulo) e Alerrandro (ex-Atlético-MG e Bragantino), que foram artilheiros do estadual com cinco gols cada. O Bahia, que trouxe Everton Ribeiro, tenta virar a chave após uma temporada dramática no último Brasileirão.
Em alta: Athletico e Grêmio
Times sólidos na Série A do ano passado, Athletico e Grêmio tiveram vitórias contundentes em seus estaduais. Bicampeão e dono da melhor campanha da primeira fase, com apenas uma derrota, o Furacão substituiu Juan Carlos Osorio, de passagem-relâmpago, por Cuca. Pablo marcou seis gols no campeonato, e recém-chegado Mastriani, quatro.
Em Porto Alegre, Renato Portaluppi levou o Grêmio ao heptacampeonato gaúcho. Diego Costa e Cristaldo, que marcaram contra o Juventude no segundo jogo da final, terminaram dividindo a artilharia da competição, comseis gols cada. Forte ofensivamente no último Brasileiro, o Grêmio terminou com o melhor ataque da primeira fase, com 23 gols marcados.
Em baixa: quedas precoces e trocas de técnico em RJ, MG, SP e RS
Além de Felipão, o estadual derrubou outros três técnicos. Mano Menezes deixou o Corinthians ainda em fevereiro, em meio a sequência de derrotas do clube paulista, que acabou eliminado ainda na fase de grupos do Campeonato Paulista. O Cruzeiro, que tinha a vantagem do empate, demitiu o técnico Nicolas Larcamón nesta segunda-feira. Enquanto o Corinthians já tem um trabalho mais estável com António Oliveira, ex-Cuiabá, o time mineiro precisará mergulhar no mercado a uma semana da estreia.
Quem já mergulhou no mercado, mas vê o tempo correr, é o Botafogo. O alvinegro teve um bom período com o interino Fabio Matias à frente do time, que assumiu após a demissão de Tiago Nunes. O Botafogo acabou fora das semifinais do Campeonato Carioca e agora vê o português Artur Jorge assumir a uma semana do Brasileiro. A melhor notícia é a ótima fase de Júnior Santos, que marcou oito gols em cinco jogos no Carioca.
Em Fluminense, Vasco e Internacional, que caíram nas semifinais de seus estaduais, os técnicos não balançam, mas é inegável o ambiente de pressão com o qual iniciam o Brasileiro. No São Paulo, que foi eliminado nas quartas do Paulistão, o técnico Tiago Carpini chegou a balançar, mas permaneceu no cargo. Não terá vida fácil, de qualquer forma.
Estabilidade em Bragantino, Cuiabá e Fortaleza
Vice-campeão estadual em clássico com o Ceará, que evitou um pentacampeonato do rival, o Fortaleza passa longe de crise com Juan Pablo Vojvoda, mas busca se reforçar para o Brasileiro. Yago Pikachu, Lucero e Moisés (que retornou ao clube) foram alguns dos destaques do Leão do Pici na competição. A mesma situação se aplica a Pedro Caixinha, estável á frente do Bragantino, que caiu para o Santos na semifinal do Paulista.
No Mato-grossense, o Cuiabá voltou a demonstrar demonstrar a dominância local e conquistou o quarto título estadual consecutivo, o oitavo nas última dez edições. Isidro Pitta, destaque do último Brasileiro, foi vice-artilheiro, com cinco gols. Luiz Fernando Iubel segue comandando interinamente a equipe desde fevereiro, após a saída de António Oliveira, mas a busca por um novo treinador continua.
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