Esportes
Contra a Espanha na semifinal da Copa do Mundo, Suécia visa deixar para trás o 'quase'
Duelo abre as semifinais do Mundial nesta terça-feira, às 5h, com seleção experiente de um lado e nova potência do futebol feminino do outro
Pela quinta vez em nove edições, a Suécia conquistou a classificação para a semifinal da Copa do Mundo Feminina 2023. Uma das mais tradicionais seleções do futebol feminino, que estreou na primeira copa com a medalha de bronze e desde então acumulou outros dois terceiros lugares e um vice-campeonato, a equipe agora tem a Espanha pela frente para tentar chegar a sua segunda decisão do torneio, posição que não alcança desde 2003.
O bom resultado no torneio de estreia fez o país começar a fortalecer os investimentos no futebol feminino, e a liga sueca se tornou uma das mais fortes do mundo. Foi para lá que Marta, aos 17 anos e depois da estreia na Copa de 2003, foi jogar quando saiu do Brasil. Ela passou quatro temporadas no Umea IK, onde foi campeã da Champions League, além de vencer outros três títulos nacionais.
Hoje, com a tendência da descentralização do futebol feminino, que não tem mais os Estados Unidos como o principal país em que a modalidade é praticada, as representantes da seleção estão espalhadas ao redor do mundo. Oito delas jogam no país, e as outras se dividem entre outros países, principalmente europeus: Inglaterra (que tem 8 jogadoras), Itália (2), Alemanha (2), Espanha (2) e Estado Unidos (1).
O resultado é uma seleção tecnica e taticamente forte, que conta com o brilho individual de algumas peças-chave. A goleira Musovic, heroína da classificação nas oitavas de final contra os Estados Unidos, é uma delas, mas o elenco também conta com estrelas como Fridolina Rolfo, Amanda Ilestedt, e Stina Blackstenius, que representam a continuidade das grandes safras das gerações suecas, mas que viram oportunidades escorrer pelas mãos.
Já Sofia Jakobsson, Linda Sembrant e Caroline Seger fazem parte do elendo desde 2011, que iniciou a era do "quase" para a Suécia em quatro ocasiões nos dois principais torneios do futebol de seleções. A equipe foi eliminada pelo Japão, que viria a sagrar-se campeão no Mundial da Alemanha, e conquistou o bronze após bater a França. Na última Copa, também caiu na semifinal ao ser derrotada pela Espanha, e na disputa do terceiro lugar, deixou a Inglaterra para trás.
Em Olimpíadas, o gosto foi ainda mais amargo. Na Rio-2016, comandadas pela sueca Pia Sundhage, treinadora da seleção brasileira, e equipe chegou até a final deixando pelo caminho adversários como Brasil e Estados Unidos, mas foi derrotada pela Alemanha na decisão. Em Tóquio-2020, também ficaram com o vice-campeonato, perdendo a final para o Canadá nos pênaltis. Da seleção que ficou com a prata olímpica, 14 jogadoras fazem parte das 23 que estão na Austrália e Nova Zelândia para tentar deixar o tabu para trás. O maior destaque entre as estreantes é a goleira Musovic, que fechou o gol nas classificações contra os Estados Unidos e o Japão na fase de mata-mata.
Do outro lado, a Espanha já faz história nesta Copa do Mundo. Apenas na terceira participação no torneio, a Fúria conquistou a vaga inédita para a semifinal. A força é a uma ótima geração que, além da duas vezes melhor do mundo Alexia Putellas, também conta com estrelas como Jenni Hermoso e Aitana Bonmatí, e já projeta as próximas safras. Com apenas 19 anos, a atacante Salma Paralluelo fez o gol da classificação para a semifinal, na prorrogação.
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