Economia
Gol avalia retomar voos para Chile, Equador e Peru
Com mais capital e aviões disponíveis depois de sair do Chapter 11 (processo nos EUA que equivale à recuperação judicial), a Gol investe na expansão internacional. A meta é voar para todos os países da América do Sul até 2029. Entre os destinos mais relevantes da região, apenas Equador, Chile e Peru ainda não são atendidos pela companhia. Mas os estudos para a retomada dessas rotas, já operadas no passado, estão em curso, segundo o vice-presidente comercial da Gol, Mateus Pongeluppi.
Segundo o executivo, enquanto o mercado aéreo do Brasil deve crescer entre 3% e 5% ao ano, as projeções mais otimistas para a região apontam alta de até 8%. "Essa expansão geográfica permite diversificação de risco, diluição de custo e crescimento com estabilidade", disse ele em entrevista ao Estadão/Broadcast.
Hoje, cerca de 17% da capacidade da Gol está alocada em rotas internacionais. O plano é elevar essa fatia a 25% em cinco anos, com maior concentração no eixo entre o sul da Flórida, nos EUA, e o sul da Argentina. Nesse desenho, a América do Sul tem papel central.
Neste mês, a Gol voltou a operar voos para Caracas (Venezuela), suspensos desde 2016. Apesar de não haver decisão final, Equador, Chile e Peru, que tiveram as operações interrompidas na pandemia, podem ser considerados os próximos destinos mais prováveis, já que os demais mercados de maior relevância da região já estão cobertos.
"Os estudos já começaram. A próxima janela para adicionar capacidade é julho do ano que vem. Avaliamos se será em meados de 2026, em dezembro ou mais adiante", diz Pongeluppi. "É um processo rigoroso, mas, pela relevância, mesmo que não retornem imediatamente à malha, continuarão sendo monitorados".
Na semana passada, o CEO da Gol, Celso Ferrer, reuniu-se com o presidente do Equador, Daniel Noboa, durante visita do político ao Brasil. Sem divulgar detalhes, a empresa disse, por meio de nota, que avalia continuamente oportunidades de expansão e mantém conversas com governos da região, incluindo o equatoriano.
Sobre um eventual retorno ao mercado chileno, sede da concorrente Latam, Pongeluppi não prevê atritos. "Quando uma empresa conecta um hub a uma cidade importante, isso costuma ser visto como movimento natural, não como ataque."
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