Economia
Devemos levar a sério reversão de tributos; houve redução para super-ricos no mundo, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira, 4, que o mundo deveria revisitar as alíquotas tributárias e enfatizar a importância de se ampliar a cobrança dos super-ricos, durante plenária realizada em evento de 10 anos do Banco Nacional de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês, conhecido como Banco dos Brics).
Mais cedo, a Broadcast registrou que este deve ser o tema de uma declaração da trilha financeira do Brics, que começa nesta sexta, no Rio, com a reunião preparatória para a ministerial, marcada para sábado (5). O assunto também foi destaque da presidência rotativa brasileira do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), no ano passado.
"É importante jogar luz sobre um tema que foi muito discutido no G20 do ano passado e que talvez devesse continuar sendo discutido por todos nós, que é a questão da tributação internacional", disse Haddad.
Segundo ele, os Estados Nacionais ainda estão passando e continuarão a passar por algum tempo por restrições fiscais importantes. "Tanto a crise de 2008 quanto a pandemia desorganizaram muito as cadeias globais de produção e ainda temos um quadro fiscal bastante preocupante tanto do mundo desenvolvido quanto dos países devedores de moeda forte, como é o caso de alguns países da África", mencionou.
Haddad salientou que houve uma redução muito forte das alíquotas dos super-ricos em todos o mundo, com a concentração de renda global atingindo patamares "inimagináveis". "Devemos levar muito a sério a reversão que houve nos últimos tempos nos tributos", recomendou.
O ministro avaliou também que o sistema financeiro baseado ainda na convenção de Breton Woods precisa ser revisitado. "A organização das finanças internacionais nos termos de Bretton Woods tem que ser superada." De acordo com ele, os problemas financeiros não serão mais nacionais. Haddad salientou que se não houver ousadia, a humanidade terá dificuldades de enfrentar desafios, como com as novidades provenientes da Inteligência Artificial (IA). Ele também destacou que a mudança climática é desafio para a geração atual, e não para a próxima, como se pensava inicialmente.
"Se não atentarmos para essas questões, todo o trabalho que está sendo feito de alinhamento dos bancos multilaterais, todos esses novos mecanismos de refinanciar o desenvolvimento serão insuficientes", previu.
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