Economia

Dia das Crianças: preços dos brinquedos subiram menos que no ano passado. Veja o alívio no bolso dos pais

Brinquedos sobem 5,8% em 12 meses, ante salto de quase 20% no ano passado. Setor estima faturamento de R$ 8,4 bilhões com a data, alta de 1,2% ante 2022

Agência O Globo - GLOBO 12/10/2023
Dia das Crianças: preços dos brinquedos subiram menos que no ano passado. Veja o alívio no bolso dos pais
Dia das Crianças: preços dos brinquedos subiram menos que no ano passado. Veja o alívio no bolso dos pais - Foto: Reprodução

O Dia das Crianças deste ano deve trazer alívio para o bolso dos pais que buscam presente de última hora. O preço dos brinquedos subiu menos que no ano passado. A alta dos itens do setor em 12 meses encerrados em outubro é de 5,8%, ante salto de 19,9% em igual período do ano anterior, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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O preço de alguns itens desejados pelas crianças caiu, como os videogames, que recuaram 8,5%. No entanto, a expectativa é que o preço médio da cesta infantil — composta por 11 grupos de bens e serviços — fique 7% mais caro que em 2022.

Veja a variação nos últimos 12 meses de produtos e serviços para os pequenos:

Chocolates: 8,8%, ante 11,2% no ano passado

Lanches: 8,6%, ante 5,1% no ano passado

Doces: 1,7%, ante 10,8% no ano passado

Roupa infantil: 4,6%, ante 15,4% no ano passado

Sapato infantil: 12,4%, ante 14,7% no ano passado

Tênis: 9,0%, ante 19,6% no ano passado

Cinema, teatro e concertos: 2,7%, ante 6,8% no ano passado

Videogame: -8,5%, ante -7,2% no ano passado

Bicicleta: -0,1%, ante 6,1% no ano passado

Brinquedo: 5,8%, ante 19,9% no ano passado

Livro: 10,3%, ante 11,5% no ano passado

Total Cesta: 7,0%, ante 9,9% no ano passado

Roupas e calçados entre os mais procurados

A CNC espera um faturamento da ordem de R$ 8,4 bilhões com a data, o que representa um aumento de 1,2% na comparação com 2022. De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o Dia das Crianças será uma data importante para a recuperação econômica do varejo.

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Itens como sapatos infantis, livros e tênis estão entre os preços que mais subiram no ano. Ainda assim, roupas e calçados devem ser os artigos mais procurados pelas famílias.

Esse segmento responde por 33% do volume projetado ou R$ 2,8 bilhões em vendas. Já o setor de eletroeletrônicos e brinquedos representa 25% ou cerca de R$ 2,1 bilhões.

Apesar da redução significativa na taxa de inflação neste último ano, que ajuda a impulsionar o consumo das famílias, as condições de crédito ainda não estão totalmente favoráveis aos consumidores.

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A taxa média de juros das operações destinadas às pessoas físicas ainda permanece acima do patamar registrado em 2022, chegando a 57,71% ao ano.

— Apesar do início da queda, o crédito ainda está bastante caro para o consumidor — diz Tadros.

Expectativa de contratação

No preparativo não só para o Dia das Crianças, como também para a Black Friday e o Natal, a CNC espera que o número de vagas temporárias abertas alcance o maior patamar em dez anos.

O setor ainda não conta com dados fechados de 2022, mas a expectativa à época era de criação de 109,4 mil vagas. Foi um ano atípico, de reabertura pós-pandemia. No auge da crise da Covid, o comércio tinha fechado muitos postos de trabalho.

Na reabertura, além das vagas extras típicas de fim de ano, muitas empresas contratam temporários até para repor posições efetivas que tinham sido suspensas na pandemia.

Caso as projeções para este ano se confirmem, o resultado significará expansão sobre uma base alta de comparação. A CNC espera alta de 4% sobre a projeção de 2022.