Economia
Prêmio Nobel de Economia será anunciado hoje. Conheça os ganhadores das últimas cinco edições
Premiação inclui medalha de ouro 18 quilates, diploma e 11 milhões de coroas suecas
O vencedor do prêmio Nobel de Economia 2023 será anunciado nesta segunda-feira pela Academia Real de Ciências da Suécia. Criado em 1968, o Banco Central da Suécia concede anualmente à Fundação Nobel um prêmio a economistas, professores e intelectuais renomados que deram importantes contribuições à área. A premiação inclui 11 milhões de coroas suecas e uma medalha de ouro 18 quilates. O valor costuma ser dividido quando há mais de um ganhador.
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No ano passado, a premiação foi para Ben Bernanke ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e outros dois americanos, Douglas Diamond e Philip Dybvig, por suas pesquisas sobre bancos e crises financeiras. Veja a seguir quem levou o prêmio Nobel de Economia nos últimos cinco anos e quais foram suas contribuições:
2022: Ben Bernanke, ex-presidente do Fed, Douglas Diamond e Philip Dybvig
O prêmio Nobel de Economia de 2022 foi para Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig por suas pesquisas sobre bancos e crises financeiras. O trio alertou sobre riscos sistêmicos de colapsos bancários e explicaram por que evitar essas crises é fundamental para o bom funcionamento da economia.
Em 1983, Bernanke escreveu sobre o papel do colapso de bancos em crises financeiras, a partir da Grande Depressão dos anos 1930. Ele comandou o Fed entre 2006 e 2014, enfrentando a crise financeira global de 2008, quando vários bancos dos EUA quebraram, como o Lehman Brothers, e outros receberam socorros recordes do Tesouro americano.
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Já Diamond e Dybvig desenvolveram modelos que explicam porque os bancos existem, como o papel deles na sociedade os torna vulnerável a rumores sobre uma possível quebra e como reduzir essa vulnerabilidade. Essa abordagem é a base da regulamentação moderna sobre os bancos.
2021: David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens
Em 2021, o prêmio de Economia foi concedido a três economistas: o canadense David Card, o americano Joshua D. Angrist e o holandês Guido W. Imbens. O trio ganhou por seus estudos sobre mercado de trabalho e por inovações na metodologia das relações causais, ambas feitas a partir de experimentos naturais. Ou seja, a partir de situações da vida real.
Segundo a Academia Real de Ciências da Suécia, os estudos dos três pesquisadores mostram como experimentos naturais ajudam a resolver importantes questões para a sociedade. E que mudanças de políticas públicas podem resultar em situações que, sob a ótica da ciência, são tão válidas como estudos clínicos para avaliar a eficiência de medicamentos.
2020: Paul Milgrom e Robert Wilson
Em 2020, os americanos Paul R. Milgrom e Robert B. Wilson foram os vencedores do Nobel de Economia por seus estudos sobre leilões, em que desenvolveram modelos hoje usados em áreas que vão de energia à banda larga.
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As teorias de Milgrom e Wilson ajudam a entender que modelo é o ideal para cada finalidade. Em seus estudos eles desenvolveram novos formatos de leilão para bens e serviços que são difíceis de vender de forma tradicional, como frequências de rádio.
2019: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer
Em 2019, o prêmio foi concedido a três economistas: o indiano naturalizado americano Abhijit Banerjee, o americano Michael Kremer e a franco-americana Esther Duflo. O trio foi laureado por suas pesquisas sobre o combate à pobreza em todo o mundo.
O comitê do Nobel destacou que as pesquisas dos premiados "melhoraram consideravelmente a capacidade de combater a pobreza global" com novas e melhores abordagens que permitem, por exemplo, ações mais eficazes para melhorar a saúde infantil e o desempenho escolar.
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Em meados de 1990, Michael Kremer e seus colegas fizeram experimentos de campo para testar uma série de intervenções que melhoraram resultados escolares no Quênia. Casados, Abhijit Banerjee e Esther Duflo, ao lado de Kremer, desenvolveram estudos semelhantes em outros países, incluindo a Índia. Lá, mais de cinco milhões de crianças foram beneficiadas por programas de aulas de reforço desenvolvidos com base em seus estudos. Os métodos usados por eles, agora, são largamente usados em países em desenvolvimento.
2018: William D. Nordhaus e Paul M. Romer
Em 2018, o prêmio foi para os americanos William Nordhaus e Paul Romer. A dupla de economistas americanos trouxe ideias de longo prazo sobre questões climáticas e inovações tecnológicas. Enquanto Nordhaus pesquisou maneiras de promover o crescimento sustentável da economia, diminuindo o impacto ambiental da ação humana no progresso tecnológico, Romer estudou as maneiras pelas quais o acúmulo de ideias favorece o crescimento econômico de longo prazo.
Nordhaus foi premiado por seu pioneirismo na abordagem do impacto econômico da mudança climática, incluindo sua defesa pela taxação das emissões de carbono. Ele propõe um imposto global que penalize a emissão de gases do Efeito Estufa. Já Romer, por seu trabalho sobre o papel da política no encorajamento à inovação tecnológica.
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