Economia

Galeão: Lufthansa anuncia que pretende dobrar oferta de voos no aeroporto em 2024

Em novembro deste ano, a rota para Munique será extinta e os voos no Rio terão como destino Frankfurt

Agência O Globo - GLOBO 12/09/2023

A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou, em evento realizado nesta terça-feira, que pretende dobrar sua oferta de voos no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, na Ilha do Governador, a partir de abril de 2024. No fim de março, a empresa havia reduzido a frequência de voos de cinco para três semanais, todas conectando Rio e Munique, na Alemanha, como efeito da falta de pilotos, tripulantes e aeronaves na retomada da malha aérea depois da pandemia.

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Em novembro de 2023, a rota para Munique será extinta e os voos no Galeão terão como destino Frankfurt, o principal hub (centros de distribuição de voos) da empresa, com conexão para mais de 200 destinos na Europa, África, Oriente Médio e Ásia. A divulgação e as vendas das passagens da nova rota começam no dia 18 de setembro.

Por semana, serão seis voos saindo do Rio e seis retornando à cidade, ambos noturnos, para facilitar a conexão com outros destinos.

— A gente dobra a capacidade e vem com aquele avião com cheiro de novinho — disse a Diretora de Vendas no Brasil da Lufthansa, Annette Taeuber. — É um avião altamente eficiente, com janelas 30% maiores e 30% menos emissões. A iluminação não permite que você tenha jet lag, porque vai se ajustando.

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Perguntada sobre o interesse da empresa em oferecer voos internos no Brasil, possibilidade discutida pelo governo federal, Taeuber disse que a Lufthansa atua operando grandes hubs, e portanto não tem interesse em abastecer o mercado doméstico de voos.

O aumento anunciado por uma das principais empresas aéreas internacionais ocorre na esteira de uma série de medidas que buscam fortalecer a atuação do Galeão como terminal internacional e porta de entrada dos turistas no país.

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Para outubro, o governo federal determinou que o número de passageiros no Santos Dumont, terminal central do Rio de Janeiro e que opera acima da sua capacidade limite, seja limitado para que o fluxo máximo do ano não exceda 10 milhões de pessoas.

O segundo passo passa a valer em janeiro, quando uma resolução prevê que o Santos Dumont só possa oferecer viagens a destinos dentro de um raio de 400 quilômetros. Com a mudança, o terminal só terá voos para São Paulo, Belo Horizonte e aeroportos voltados a destinos nacionais, excluindo Confins e Guarulhos.

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Sem confirmação de proposta da Changi

Em fevereiro de 2022, a operadora Changi, de Cingapura, que controla a RIOGaleão, decidiu devolver a concessão do Galeão. Um ano depois, a empresa voltou atrás e resolveu negociar sua permanência na administração do terminal.

Como não havia precedentes jurídicos sobre essa situação, coube ao Tribunal de Contas da União (TCU) decidir se é lícito que concessionárias de aeroportos e rodovias voltem atrás na decisão de devolver concessões ao governo.

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No início de agosto, o tribunal dispensou o governo federal de relicitar o aeroporto e autorizou um acordo para manter a operação da atual concessionária.

Mas, presentes no evento, o Secretário de Desenvolvimento da cidade do Rio (SMDEIS), Chicão Bulhões, e o presidente da RIOgaleão, Alexandre Monteiro, não responderam se já existe uma proposta oficial da Changi, controladora do aeroporto internacional, para desistir da devolução do terminal.

— A nossa missão de concessionária de cuidar do maior equipamento urbano e motor de desenvolvimento para a cidade nunca esteve fora da mesa, em momento algum. Sempre o nosso compromisso foi de que a gente entregaria o aeroporto da melhor forma. Isso posto a discussão está… eu acho a gente… os acionistas estão fazendo a avaliação do pronunciamento do TCU para voltar e realmente a gente chegar em uma conclusão. Esse é o ponto. Não tenho muito mais a dizer — disse Monteiro.