Economia
Inflação sobe 0,23% em agosto, puxada pela alta da energia elétrica, diz IBGE
Em 12 meses, IPCA avança 4,61%, e fica abaixo das projeções do mercado
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) subiu 0,23% em agosto após avançar 0,12% em julho, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira. O principal impacto sobre a inflação foi o aumento da conta de energia elétrica residencial, com o fim do “Bônus Itaipu”, desconto especial aplicado na conta de luz dos consumidores em julho.
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A mediana das projeções de 36 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data sobre o IPCA era de 0,29%.
No ano, o IPCA acumula alta de 3,23%
Nos últimos 12 meses, o índice de preços acumula 4,61%
Em agosto de 2022, ocorreu deflação de 0,36%. A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, havia registrado alta de 0,28% em agosto.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,17 ponto perventual) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação. Destacam-se, ainda, as altas de Saúde e cuidados pessoais (0,58%) e Transportes (0,34%).
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No lado das quedas, o grupo Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85%). Os demais grupos ficaram entre o -0,09% de Comunicação e o 0,69% de Educação.
Alta da energia elétrica
No grupo Habitação, a maior contribuição para o avanço do IPCA veio da energia elétrica residencial (4,59%), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu creditado nas faturas.
Além disso, reajustes foram aplicados em quatro áreas: Vitória (9,64%), onde o reajuste de 3,20% teve vigência a partir de 7 de agosto; Belém (8,84%), com reajuste de 9,40% a partir de 15 de agosto; São Luís (7,03%), com reajuste de 10,43% com vigência a partir de 28 de agosto; e São Paulo (3,94%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.
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No caso de Saúde e cuidados pessoais, a aceleração deve-se ao resultado dos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,37% em julho para 0,81% em agosto. Houve alta nos preços dos produtos para pele (4,50%) e dos perfumes (1,57%).
No grupo dos Transportes, destacam-se as altas do automóvel novo (1,71%) e da gasolina (1,24%). Em relação aos demais combustíveis (0,87%), o óleo diesel subiu 8,54%, enquanto o etanol (-4,26%) e o gás veicular (-0,72%) caíram. Após a alta de 4,97% em julho, as passagens aéreas registraram queda de 11,69% em agosto.
Alimentação cai
A queda do grupo Alimentação e bebidas foi influenciada pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). Ocorreram quedas nos preços da batata-inglesa (-12,92%), do feijão-carioca (-8,27%), do tomate (-7,91%), do leite longa vida (-3,35%), do frango em pedaços (-2,57%) e das carnes (-1,90%).
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No lado das altas, o arroz (1,14%) e as frutas (0,49%) subiram de preço, com destaque para o limão (51,11%) e para a banana-d’água (4,90%).
A alimentação fora do domicílio (0,22%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,21%), devido ao avanço do lanche (0,30%) e da refeição (0,18%). Em julho, as variações desses subitens haviam sido de 0,49% e 0,15%, respectivamente.
Segundo o IBGE, o índice geral de difusão ficou em 53% em agosto, sendo que de gêneros alimentícios somou 43% e não alimentícios, 61%. Em julho, de forma geral, ficou em 46%, com o índice dos alimentos em 38% e não alimento, de 53%.
Veja o resultado dos grupos do IPCA:
Alimentação e bebidas: -0,85%;
Habitação: 1,11%;
Artigos de residência: -0,04%;
Vestuário: 0,54%;
Transportes: 0,34%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,58%;
Despesas pessoais: 0,38%;
Educação: 0,69%;
Comunicação: -0,09%.
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