Economia
'Se eu tivesse peitos como os seus, também seria exigente'. Após piada sexista, funcionária recebe indenização milionária
Tribunal trabalhista de Londres determinou que a Swis Re pagasse a ex-corretora Julia Sommer cerca de R$ 8 milhões por discriminação sexual
Uma ex- funcionária da seguradora Swiss Re, vítima de comportamento sexista por parte de seu chefe, recebeu quase £1,3 milhão (cerca de R$ 8 milhões) de um tribunal trabalhista de Londres, um dos maiores pagamentos já ordenados pela Corte no Reino Unido nos últimos anos.
Julia Sommer foi humilhada por um gerente sênior que lhe disse: "se eu tivesse seios como os seus, também seria exigente". Ela recebeu a quantia depois que o tribunal decidiu, no ano passado, que ela havia sido vítima de discriminação sexual na empresa.
Os tribunais trabalhistas de Londres estão na linha de frente nas reivindicações de demissão sem justa causa entre empresas financeiras e funcionários, embora as ações de discriminação sexual sejam geralmente resolvidas a portas fechadas.
Apesar de os pedidos de demissão sem justa causa muitas vezes terem um limite de pagamento de cerca de £100.000, as indenizações são ilimitadas se a discriminação for comprovada.
A Swiss Re não quis comentar sobre o valor da indenização. Em um e-mail, a empresa disse que "não tolera discriminação de qualquer tipo e está comprometida em oferecer um local de trabalho igualitário e inclusivo para todos os funcionários". O advogado de Sommer não estava imediatamente disponível para comentar.
Inicialmente, a Swiss Re argumentou que a demissão de Sommer fazia parte de um processo de desligamento genuíno, mas os juízes disseram que havia uma cultura na empresa de "comentários abertos sobre relacionamentos" feitos em ambientes sociais.
Os comentários de Llewellyn podem ter sido uma piada, disse o painel de juízes - ressaltando que eram "sexistas, humilhantes e depreciativos -, mas uma tentativa de piada, que deu muito errado e nunca deveria ter sido feita".
Em 2019, Sommer fez uma queixa de discriminação sexual contra Llewellyn, depois que ele gritou "cala a boca, Julia!" em uma reunião, o que ela alega ser um padrão de maus-tratos direcionados a ela como a única mulher corretora da equipe. Sommer disse que isso lhe causou "estresse extremo" e coincidiu com os estágios iniciais de sua gravidez.
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