Economia
Galeão registra alta de 14% na movimentação de cargas no 1º semestre
Concessionária investiu R$ 70 milhões no terminal de cargas desde que assumiu a operação do aeroporto e espera mais crescimento com o aumento do número de voos esperado a partir de outubro
Enquanto aguarda o crescimento de 53% no número de voos no Aeroporto Internacional do Galeão, diante das restrições impostas à operação do Aeroporto Santos Dumont, a RIOgaleão, concessionária que administra o terminal na zona norte do Rio, comemora o resultado positivo no setor de cargas. O movimento de cargas atingiu US$ 5,4 bilhões no primeiro semestre, salto de 14% ante a primeira metade de 2022, informou a empresa.
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Com a expectativa de aumento de fluxo de voos, a movimentação de cargas tende a aumentar, disse o diretor de Negócios Aéreos da concessionária, Patrick Fehring. Isso porque a maior parte da carga transportada por avião vai no bagageiro da frota usada nos voos de passageiros.
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– Normalmente, uns 90% das importações e exportações voam em voos de passageiros. Só 10% vêm em cargueiros – afirmou Fehring.
Demanda maior
O avanço no primeiro semestre sinaliza a normalização da economia após a crise da Covid-19, mas, mesmo na comparação com o primeiro semestre de 2019, antes da pandemia, houve um crescimento de 64,7%. Isso porque houve retomada mais forte nos setores que mais demandas o transporte aéreo de cargas no Rio, como as indústrias de aviação, petróleo e gás e farmacêutica, disse Fehring.
Segundo o executivo, são setores já instalados no Rio, como a unidade de manutenção de turbinas de aviões da GE em Petrópolis e a exploração de petróleo e gás. Esses setores recorrem ao transporte aéreo porque peças e componentes são caros e a rapidez na logística significa redução de custos.
Além disso, o terminal de cargas do Galeão oferece diferencias em termos de infraestrutura, como instalações de câmaras frigoríficas – essenciais para o transporte de fármacos e seus insumos, completou Fehring. Desde que assumiu a operação do aeroporto, a RIOgaleão, controlada pela Changi, operadora aeroportuária de Cingapura, investiu R$ 70 milhões no terminal de cargas, a maior parte deste investimento na construção da câmara fria.
Eficiência
De acordo com Fehring, a queda no tempo de permanência de cargas no terminal também ajuda a impulsionar os resultados – quanto menos tempo as mercadorias ficam no terminal, maior sua capacidade de movimentação por mês ou por ano. Na média geral, o tempo médio de permanência caiu 20% no primeiro semestre ante igual período de 2022, para 34 horas e 15 minutos.
Fehring credita o bom desempenho ao programa de eficiência logística da concessionária. O cerne do programa é oferecer informação transparente sobre o desempenho operacional das cerca de 550 empresas que usam o terminal de cargas, entre agentes de carga, operadores logísticos, despachantes e importadores e exportadores. Com isso, a competição entre as empresas aumenta, incentivando a produtividade.
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