Economia
Bolsas de NY fecham em baixa, com setor de energia liderando perdas
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira, 12, após um pregão volátil em que chegaram a se firmar em território positivo. O setor de energia liderou as perdas diante da forte queda do petróleo no mercado futuro. Ações da maioria das grandes companhias de tecnologia também registraram recuo forte, pressionadas pela perspectiva de aperto monetário agressivo nos EUA, que ainda provoca temores de recessão no país.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,62%, aos 30.981,33 pontos, o S&P 500 recuou 0,92%, aos 3.818,80 pontos, e o Nasdaq caiu 0,95%, aos 11.264,73 pontos.
O sentimento por risco sofreu pressão hoje à medida que o mercado mantém o temor sobre a possibilidade de uma recessão da economia global. Contratos de petróleo no mercado futuro estiveram entre os ativos mais penalizados neste contexto, o que pesou sobre ações do setor de energia em Nova York, que liderou as perdas do S&P 500. ExxonMobil e Chevron, principais petroleiras americanas, caíram 1,33% e 1,83%, respectivamente.
Big techs, como Microsoft (-4,10%) e Amazon (-2,26%), também registraram perdas acentuadas. Por serem empresas de grande capitalização, as principais companhias de tecnologia tendem a recuar diante da perspectiva de aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Hoje, o presidente da distrital de Richmond do BC americano, Thomas Barkin, ressaltou o compromisso em trazer a inflação dos EUA de volta à meta de 2%.
Amanhã, sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho, que avançou 1,1% em junho ante maio, com alta de 8,8% na comparação anual, segundo a mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast.
“O relatório de inflação de junho virá quente e ajudará a consolidar as expectativas do mercado de que o Fed fará outra alta maciça de juros na reunião monetária” de 27 de julho, diz a Oanda. Segundo ferramenta do CME Group, há cerca de 90% de probabilidade de alta de 75 pontos-base do juro no fim deste mês, à faixa de 2,25% a 2,5%.
Autor: Gabriel Caldeira
Copyright © 2022 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado