Economia
Bolsas de NY fecham em baixa, com aversão a risco por tombo do petróleo
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira, 21, pelo segundo dia consecutivo, em meio à aversão a risco gerada pela queda histórica nos preços do petróleo e com o foco dos investidores na pandemia de coronavírus.
O índice Dow Jones encerrou em queda de 2,67%, a 23.018,88 pontos, o S&P 500 perdeu 3,07%, a 2.736,56 pontos e o Nasdaq recuou 3,48%, a 8.263,23 pontos.
“Os mercados de ações têm refletido os desafios no setor de energia desde o início da crise”, comentam analistas do Brown Brothers Harriman (BBH). “Continuamos a acreditar que é improvável que os mercados mais amplos de ações realizem uma recuperação duradoura até que um piso seja observado nos preços do petróleo”, acrescentam.
Ontem, pela primeira vez na História, o petróleo foi negociado abaixo de US$ 0. Com o WTI para maio perto do vencimento, investidores começaram a liquidar o contrato para evitar a entrega física. Além da queda na demanda, em decorrência da pandemia de coronavírus, há relatos de que o espaço para armazenamento de petróleo nos Estados Unidos está perto de se esgotar. Hoje, o colapso da commodity energética continuou.
“Quando um grande mercado fica disruptivo e ilógico, a aversão ao risco penetra em todos os outros ativos”, resume Kathy Lien, diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management. Para o banco suíço Swissquote, os preços das ações em todo o mundo já refletem a contração econômica do primeiro trimestre deste ano.
No S&P 500, as quedas foram lideradas hoje pelo subíndice de tecnologia (-4,1%), seguido pelo do setor financeiro (3,2%). O setor de energia recuou 1,68%. Entre as ações empresas importantes negociadas em NY, Microsoft cedeu 4,14%, Apple caiu 3,09%, Boeing registrou baixa de 5,07% e Chevron perdeu 2,31%.
Os papéis da United Airlines, cujo balanço foi divulgado hoje, subiam 0,32%, embora o prejuízo líquido no primeiro trimestre do ano tenha sido maior do que o esperado.
A Netflix, por sua vez, divulgou balanço após o fechamento do mercado. No after hours em NY, a ação da empresa avançava 0,75%, às 17h52 (de Brasília), depois de saltado 11%.
Autor: Iander Porcella
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