Longe dos microfones de sua escola de samba do coração, Neguinho da Beija-Flor segue dedicado à composição musical. Nas últimas semanas, porém, seu nome passou a ser cogitado para uma possível candidatura ao Senado pelo Rio de Janeiro nas eleições de 2026.

Questionado pelo EXTRA sobre o assunto, o sambista preferiu desconversar e reafirmou seu compromisso com a música:

— Deixa para a Benedita (da Silva, do PT), que eu considero minha irmã. É madrinha do meu filho, minha benfeitora. Meu negócio é compor e cantar samba — afirmou Neguinho.

A proposta de lançar o artista ao Senado foi ventilada recentemente pelo prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá. O filho dele, Diego Zeidan, atualmente preside o diretório fluminense do partido. Segundo Zeidan, o PT e Neguinho estudam uma data e os detalhes para um eventual ato de filiação, que ainda não ocorreu.

Como revelou o colunista Ancelmo Góis, de O GLOBO, Neguinho está filiado ao PL desde 2013, período anterior à filiação de Jair Bolsonaro e seus apoiadores à legenda.

Após 50 anos como intérprete da Beija-Flor, Neguinho deixou os microfones da escola e, atualmente, dedica-se à família e a apresentações esporádicas.

— Os compromissos até aumentaram depois que eu saí. As pessoas agora me contratam para ver o cara que ficou 50 anos na Avenida. Mas também estou aproveitando a família, principalmente a minha caçula temporã (Luiza, de 17 anos) — relata o sambista.