Durante o décimo encontro dos ex-alunos do Colégio Pio XII, realizado no último domingo (28), em Palmeira dos Índios, o escritor, jornalista e promotor de justiça Ivan Barros fez um depoimento emocionado sobre a importância da preservação da memória cultural e educacional do município.

Barros relembrou sua maior contribuição à cidade: a criação e fundação do Centro de Cultura de Palmeira dos Índios. “Foi a maior colaboração que eu tenho prestado ao povo da minha terra: preservar o passado. Porque o povo que não preserva o passado não tem memória nem história”, afirmou.

Ele destacou que o espaço reúne documentos preciosos, como a coleção de jornais em que Graciliano Ramos começou a escrever há 110 anos, a escritura da Vila de Palmeira dos Índios quando tinha apenas 3 mil habitantes, a carta de alforria do escravo Simão Dias — responsável pela construção da Igreja de Nossa Senhora do Amparo — e fotografias históricas, como a dos fundadores do Colégio Pio XII no dia de sua inauguração.

“Se alguém quiser conhecer a história de Palmeira dos Índios, seu passado e seu presente, vai encontrar no Centro de Cultura”, reforçou.

O jornalista também ressaltou o papel do Colégio Pio XII na formação de gerações. “Aqui se forjou uma geração de médicos, engenheiros, advogados, juízes, promotores, homens e mulheres de todas as profissões, que encontraram neste colégio a base de sua educação e cultura”, afirmou.

Barros elogiou a iniciativa do psicólogo Jorge de Araújo Vieira, organizador do encontro, e celebrou a união dos ex-alunos em torno da preservação da memória local. “Estou presente com o objetivo de aplaudir a iniciativa e reafirmar que o Pio XII é parte inseparável da história de Palmeira dos Índios”, concluiu.