Um vídeo emocionante e revoltante está circulando nos grupos de WhatsApp e redes sociais de Palmeira dos Índios, comovendo a população e acendendo um alerta sobre a crise na saúde pública do município. A gravação, feita por uma neta dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mostra o desespero da família de um idoso que aguarda há horas uma vaga de UTI, sem qualquer previsão de transferência.

“Vai morrer aqui dentro dessa UPA sem ter uma vaga em uma UTI nesse Estado inteiro!”, desabafa a jovem, em tom de indignação e dor.

O apelo é direcionado às autoridades locais, incluindo o ex-prefeito Júlio Cezar e a atual prefeita Luísa Duarte, cobrando uma resposta urgente diante da omissão do sistema. O idoso, segundo a neta, dedicou 30 anos da vida ao serviço público em Palmeira dos Índios, e agora, no momento em que mais precisa, encontra portas fechadas e descaso.

“Meu avô merece respeito, dignidade, e pelo menos o direito de ser cuidado numa UTI”, diz ela, em um trecho do vídeo que tem gerado comoção e revolta em centenas de moradores da cidade.

A denúncia levanta um debate urgente: qual o valor da vida de quem construiu esta cidade com trabalho e dedicação? Como é possível que um servidor público aposentado, que contribuiu por décadas com a comunidade, acabe desassistido pelo próprio sistema que ajudou a manter?

O caso expõe a fragilidade da rede de regulação de leitos no Estado e os limites do atendimento na UPA de Palmeira dos Índios, que não dispõe de estrutura para casos de alta complexidade. Enquanto o paciente segue lutando pela vida, a cidade assiste, impotente, a mais um retrato do colapso da saúde pública.

A Tribuna do Sertão segue acompanhando o caso e buscando respostas junto à Secretaria Municipal de Saúde, ao Governo do Estado e à regulação de leitos do SUS. A população exige respeito e soluções — e não mais promessas vazias.