Cidades
Coagidos e sob ameaça, detidos relatam ter sido forçados a ocultar corpos de jovens em cacimba
Dois homens presos por envolvimento na chacina que resultou na morte de quatro pessoas em Arapiraca revelaram à imprensa que foram coagidos pelo autor dos disparos, Regivaldo da Silva Santana, conhecido como Giba, a esconder os corpos das vítimas. O crime ocorreu na madrugada do domingo (14) e os corpos foram encontrados dentro de uma cacimba.
Os detidos, um sobrinho de Giba e um amigo dele, foram capturados no estado de Sergipe pela equipe do Núcleo de Investigação Especial (NIESP) na tarde de sábado (20). Durante a detenção, eles relataram ter sido ameaçados com uma arma pelo próprio Giba para que ocultassem os cadáveres.
"Ele atirou nos dois homens e nas duas mulheres. Depois, apontou a arma para nós e nos obrigou a levar os corpos para a cacimba. Eu implorei para que não nos matasse", contou um dos presos, descrevendo a violência com que Giba agiu após cometer os homicídios.
O segundo detido corroborou o relato, destacando o constante medo de represálias. "Não foi uma escolha nossa ajudar. Estávamos sob ameaça o tempo todo. Ele disse que, se contássemos a alguém, nos mataria, ou mandaria alguém fazer isso", afirmou.
Os suspeitos aproveitaram uma distração de Giba enquanto descartavam os corpos para fugir, mas acabaram sendo localizados e presos. As autoridades alagoanas estão agora analisando esses depoimentos no contexto de um inquérito policial mais amplo.
O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier, expressou ceticismo sobre a versão dos detidos, indicando que o inquérito avaliará a credibilidade de suas alegações. "É uma narrativa contraditória. Giba alegou que as mortes ocorreram por um suposto furto. Vamos investigar todas as circunstâncias e declarações para entender completamente o que aconteceu", destacou Xavier.
Regivaldo da Silva Santana já foi autuado por ocultação de cadáveres, crime ambiental e posse ilegal de arma de fogo, e enfrentará acusações adicionais pelos homicídios. A chacina, que chocou a comunidade de Arapiraca, revela uma trama de violência e medo que a Polícia Civil continua a desvendar.
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