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Pacientes de câncer protestam por falta de medicamentos de quimioterapia no Chama

A espera por repasses deixa tratamentos em atraso, comprometendo a recuperação de pacientes

Redação 16/04/2024
Pacientes de câncer protestam por falta de medicamentos de quimioterapia no Chama
A espera por repasses deixa tratamentos em atraso, comprometendo a recuperação de pacientes - Foto: Reprodução

Pacientes que buscam tratamento de câncer no Hospital Chama enfrentam uma dramática interrupção em seus tratamentos de quimioterapia, devido à falta de insumos essenciais para a produção dos medicamentos necessários.

Essa deficiência se deve à espera por repasses financeiros, que ainda não foram efetuados. 

No hospital, revela um acompanhante de uma usuária do tratamento, a situação é de desespero para muitos que dependem do serviço público de saúde para combater uma doença já por si só devastadora.

Pacientes como Maria José (nome fictício para proteger a fonte), 50 anos, que luta contra um câncer, expressa sua angústia: "Está tudo parado. Eles dizem que não podem fazer nada até que o dinheiro chegue. Enquanto isso, meu medo é que a doença avance sem que eu possa fazer algo para impedir."

A falta de quimioterapia no Hospital Chama ressalta um problema crônico no sistema de saúde pública brasileiro: a dependência de repasses governamentais que, quando atrasados, têm efeitos diretos sobre a vida dos pacientes.

"O tratamento de câncer é extremamente sensível ao tempo. Cada semana de atraso pode significar uma diminuição na eficácia do tratamento", explica um especialista da área de oncologia. 

Segundo as informações do acompanhante de 'Maria José', o hospital aguarda há mais de dois meses os fundos prometidos. Essa demora é atribuída a burocracias, que impactam diretamente na liberação de verbas essenciais para a saúde.

Os pacientes e seus familiares, por sua vez, protestam através da imprensa para chamar a atenção das autoridades para a urgência da situação. 

"Não podemos apenas esperar e ver nossos entes queridos sofrerem. É uma questão de vida ou morte", diz Luciano Vieira, que acompanha uma parente em tratamento.

A comunidade espera que as autoridades reconheçam a gravidade do problema e agilizem os repasses para que o tratamento de câncer no Hospital Chama seja retomado sem mais delongas, garantindo a continuidade do cuidado e a esperança de recuperação para seus pacientes.