Cidades
Seis vereadores foram escanteados pelo prefeito-imperador e pressionam para “comer” também a ração
Disputa pelas benesses em Palmeira dos Índios mostra que 'Grupo dos 9' não quer dividir o 'milho' da prefeitura com o 'Grupo dos 6'
A cidade de Palmeira dos Índios tem sido palco de uma acirrada disputa de poder entre dois grupos de vereadores: o "Grupo dos 9" e o "Grupo dos 6". Enquanto o primeiro grupo apoia o governo municipal, o segundo foi alijado das benesses do Poder Executivo.
Do palco que virou o plenário da Câmara, onde ‘atores’ e ‘atrizes' se digladiam para ver quem recebe o troféu de maior defensor do prefeito-imperador, percebe-se claramente que o novo grupo situacionista, anda como aves numa granja, de papo cheio; e os que ficaram de fora, de bico seco.
A guerra travada entre o "Grupo dos 9" e o "Grupo dos 6" teve origem na divergência de interesses políticos e na distribuição de poder no âmbito municipal e na economia do prefeito-imperador que só precisa dessa maioria de vereadores.
O "Grupo dos 9" é composto por vereadores que mantêm aliança com o governo municipal, apoiando suas políticas e projetos. Chegam ao ponto de vetar requerimentos de prestação de contas do prefeito (diga-se de passagem oportunistas e inócuos), pois já se sabe – é público e notório – que as contas da municipalidade são guardadas a sete chaves, coisa que deveria ser o contrário, pelo princípio da transparência no Poder Público. Se fossem menos 'caras de pau', evitariam o desgaste.
Já o "Grupo dos 6" é formado por vereadores que se encontram forçadamente em oposição ao governo e foram excluídos das benesses e nomeações do Poder Executivo. Aproveitam o momento de "exílio governamental" para pressionar o prefeito-imperador, mordendo e assoprando - tentando assim abreviar o período de inanição de poder.
Mas a disputa entre os dois grupos tem gerado um clima tenso na Câmara Municipal de Palmeira dos Índios. Durante as sessões, debates acalorados, troca de acusações e ofensas nos embates políticos têm se tornado comuns. Expressões como “advogado de bosta”, “cabra de peia”, entre outras são comuns na tribuna da casa legislativa palmeirense que virou um verdadeiro galinheiro.
O "Grupo dos 9" barrou corretamente uma emenda inconstitucional para pressionar o prefeito-imperador a pagar um retroativo à Educação, coisa que se aprende até no ensino fundamental que vereador não pode legislar sobre receitas do município.
A exceção no “grupo dos 6” em pressionar o prefeito-imperador, seria o vereador Toninho Garrote (PP), por questões até pessoais devido ao embate do alcaide com sua mãe, a ex-deputada Ângela Garrote. Mas o restante, como um deles próprio falou – desavergonhadamente - em sessão da Câmara – “nunca fui oposição, não sou e nunca serei”.
Quis dizer, “chegue junto, imperador, que estou pro que der e vier”. É o que se entendeu da mensagem do edil que ainda pediu ao interlocutor-oficial da prefeitura que fizesse chegar a mensagem ao gestor. Vergonhoso, não?
Impactos na Câmara Municipal
Essa disputa de palavras chulas no parlamento tem impactado a eficiência legislativa, uma vez que questões importantes para o município podem ser prejudicadas devido à polarização e ao distanciamento entre os grupos.
O pior é que todo mundo sabe que a disputa real nesse galinheiro é por um “punhado a mais de milho”.
Reflexos na gestão municipal
A disputa entre o "Grupo dos 9" e o "Grupo dos 6" tem consequências diretas na gestão municipal e na sucessão. Os vereadores do "Grupo dos 9", por estarem alinhados ao governo, têm maior acesso às decisões e recursos, podendo direcioná-los para suas bases eleitorais. Já os vereadores do "Grupo dos 6" enfrentam dificuldades para viabilizar suas propostas e projetos, além de verem suas demandas e reivindicações serem frequentemente negligenciadas pelo Poder Executivo, como explicitou na última sessão o vereador Edinho do Leite (PP) sobre um pleito seu para uma comunidade rural.
Implicações para a população
A batalha política na Câmara Municipal de Palmeira dos Índios tem implicações diretas para a população local. A polarização entre os grupos pode comprometer a qualidade dos serviços públicos, uma vez que projetos importantes podem ser negligenciados em detrimento dos interesses políticos. Além disso, a falta de diálogo e consenso entre os vereadores pode dificultar a busca por soluções conjuntas e a implementação de políticas eficazes para o município.
Em que pese essa disputa de poder entre o "Grupo dos 9" e o "Grupo dos 6" na Câmara Municipal de Palmeira dos Índios ter gerado um ambiente político conturbado e desafiador para a governança local, isso deve ter fim em breve. As burras do cofre da prefeitura estão cheias. Um “carocinho de milho” a mais para um franguinho de bico seco, não vai abalar a estrutura da gestão municipal.
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