Cidades
Leilão: concessão do fornecimento de água no interior preocupa população

Será realizado nesta segunda-feira (13) a partir das 14h, o leilão da concessão dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário das Unidades Regionais de Saneamento – Bloco B (Agreste e Sertão) que compreende importantes municípios como Arapiraca e Palmeira dos Índios e Bloco C (Zona da Mata e Litoral Norte) que engloba cidades como União dos Palmares e Maragogi.
O leilão tem como objetivo a seleção da proposta mais vantajosa, tendo por base o maior valor de outorga ofertado pela licitante em cada bloco. O lance mínimo de outorga indicado em edital é de R$ 3,3 milhões para o Bloco B e de R$ 32,4 milhões para o lote C.
O projeto, desenvolvido com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevê universalização do acesso à água e coleta de esgoto para 1,3 milhão de pessoas que vivem em 61 municípios alagoanos até 2033. Os investimentos previstos nos dois blocos somam aproximadamente R$ 2,9 bilhões – quais R$ 1,6 bilhão nos próximos cinco anos, o que deverá gerar cerca de 2.500 empregos. A concessão terá prazo de 35 anos.

Prefeito Luciano Barbosa
Arapiraca
A segunda maior cidade de Alagoas não aderiu ao edital do leilão desta segunda-feira (13) informou em seu blog o jornalista Edvaldo Junior.
Ouvido o secretário George Santoro, ele disse que Arapiraca poderá ter um custo maior da água e a continuidade de atendimento em caráter precário pela CASAL – até que o município faça uma licitação própria.
Arapiraca estava participando de reuniões com municípios do Agreste e Sertão e fazendo consultas jurídicas para entrar no leilão que seja o melhor para a população. O Prefeito Luciano Barbosa ainda não tem uma posição definida sobre qual irá participar. Está avaliando ainda a melhor posição.
Palmeira dos Índios
O importante município agrestino-sertanejo que tem um dos mais precários serviços de abastecimento de água de Alagoas – e que pese duas gigantescas barragens para atender a população – está inscrito no leilão desta segunda-feira.
Na cidade persiste o sistema de rodízio de água, uma ou duas vezes por semana em cada bairro.
“A única coisa que não faz rodízio em Palmeira é a conta d’água que chega todo mês e cada vez mais cara”, reclamou um morador.
Com o intuito de agradar politicamente ao governador Renan Filho, o recém-filiado emedebista Julio Cesar ao contrário do colega de Arapiraca aceitou de primeira a proposta e acredita que ela é um sonho. “O cavalo passou selado e não hesitamos em decidir quando o Estado nos fez a proposta. Confio e acredito que o governo Renan Filho está empenhado em bons propósitos e trará mais uma vitória para Alagoas. Por isso, vamos integrar essa comitiva oficial e somar forças com o Governo do Estado”, finalizou César.
O prefeito com as autorizações de pagamentos de diárias estampadas no Diário Oficial do Município está acompanhado de uma equipe de sua gestão em São Paulo onde irá assistir pessoalmente o leilão.
Muita grana
Contudo, o que está sendo visado pelos prefeitos que aderiram a este leilão é a ‘grana preta’ que está entrando.
Diferente do edital da região metropolitana de Maceió, cuja adesão dos municípios foi obrigatória, a participação nas Unidades Regionais de Saneamento Básico no Estado de Alagoas é voluntária.
A partir das negociações com prefeitos, o Estado aceitou transferir todo o valor da outorga (que será pago pela empresa vencedora da licitação, a ser realizada ainda este não) para as prefeituras.
A regra chegou a ser mudada por sugestão de representantes de Arapiraca. Inicialmente, a divisão seria na base de 70% do valor proporcional a população. Com a mudança, o valor da outorga será dividido entre as cidades por critérios negociados com os prefeitos, na base de 20% iguais e 80% proporcionais à população.
A expectativa é que a outorga possa atingir mais de R$ 1 bi podendo chegar a R$ 2 bi. O dinheiro vai ser transferido para as prefeituras assim que o contrato for assinado.

Problemas em Maceió são constantes após venda da concessão
A vencedora do leilão em Maceió foi a BRK que após assumir a gestão do abastecimento está sendo duramente criticada pelo mau serviço prestado. As denúncias e reclamações são constantes e até o prefeito João Henrique Caldas (PSB) protestou contra a empresa vencedora do certame na capital.
JHC criticou a entrega do serviço para a BRK, que é de iniciativa privada, porque, segundo ele, não “pensaram na qualidade do serviço. Pior: ainda aumentou a conta”, disse recentemente em suas redes sociais. E para tenta amenizar o problema do povo, o prefeito JHC enviou caminhões-pipas e caixas d’águas para a parte alta da cidade.
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