Senado resiste a apurar depósitos para Collor

26/05/2014

    Na contramão da Câmara dos Deputados, o Senado sinalizou nesta sexta-feira (23) que não vai instaurar processo para investigar o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), acusado de receber oito depósitos do doleiro Alberto Youssef que somam R$ 50 mil. O Conselho de Ética do Senado só pretende agir se for provocado pelo comando da instituição ou algum partido político, enquanto a Corregedoria argumenta que investiga apenas fatos que ocorram dentro da instituição. O PSOL, que tradicionalmente pede investigações contra congressistas ao Conselho de Ética, defende que Collor primeiro apresente suas justificativas à cúpula da instituição. “É preciso ouvi-lo antes de entrar com uma representação, disse Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Presidente do conselho, o senador João Alberto (PMDB-MA) afirmou, por meio de assessores, que só vai abrir processo contra Fernando Collor se receber pedido da Mesa Diretora do Senado ou de algum partido. A Câmara instaurou processos no Conselho de Ética contra os deputados federais André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA), acusados de envolvimento com Alberto Youssef, investigado sob suspeita de integrar esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

Vladimir Barros

Vladimir Barros

É advogado militante, formado pela Universidade Federal de Alagoas e pós-graduado em Direito Processual e Docência Superior. Jornalista filiado ao Sindjornal/FENAJ, é membro efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI) e da Associação Brasileira de Imprensa; Editor do Jornal Tribuna do Sertão. É também membro da Academia Palmeirense de Letras (Palmeira dos Índios) e fundador da Rádio Cacique FM.