O dirigente político João Caldas voltou a movimentar o tabuleiro político nacional ao anunciar uma estratégia ousada para as eleições de 2026. Desde que assumiu, em julho de 2025, a presidência nacional do Democracia Cristã (DC) — antigo PSDC —, Caldas vem conduzindo um processo de reorganização partidária com foco na ampliação da presença da legenda no cenário nacional.

A principal novidade é o lançamento da pré-candidatura do ex-ministro e ex-deputado federal Aldo Rebelo à Presidência da República. Alagoano de nascimento e com trajetória consolidada na política brasileira, Rebelo surge como aposta do partido para colocar o DC no debate presidencial e ampliar sua visibilidade eleitoral.

Com experiência na construção e fortalecimento de legendas — tendo participado da formação de partidos como o PROS e o Solidariedade —, João Caldas vê na candidatura presidencial um caminho para enfrentar um dos maiores desafios das siglas de menor porte: a cláusula de barreira, que impõe exigências mínimas de votos e representação parlamentar para acesso ao fundo partidário e ao tempo de rádio e televisão.

Dentro dessa estratégia de fortalecimento institucional, o Democracia Cristã também conquistou recentemente uma sala nos anexos da Câmara dos Deputados, em Brasília, que servirá como base para articulação política, reuniões e organização partidária.

Apesar do movimento nacional, o partido ainda não possui representantes na Câmara Federal, o que limita sua estrutura e recursos. A direção da legenda reconhece o desafio, mas aposta que a exposição gerada pela candidatura presidencial pode abrir portas para novas filiações e alianças.

No cenário local, ainda não há definição sobre estratégias específicas em Alagoas. Questionamentos sobre possíveis filiações de lideranças do estado — incluindo nomes da família Caldas — permanecem em aberto, indicando que o foco imediato está na consolidação do projeto nacional.

A movimentação de João Caldas sinaliza que, mesmo fora do eixo dos grandes partidos, Alagoas pode voltar a ter protagonismo no debate presidencial brasileiro.