Alagoas

Alagoas tem papel ativo na elaboração do novo Plano Nacional de Cultura

Estado contribuiu desde as conferências municipais até a etapa nacional; proposta enviada ao Congresso orientará políticas culturais pelos próximos dez anos

Daniel Borges/Ascom Secult 18/11/2025
Alagoas tem papel ativo na elaboração do novo Plano Nacional de Cultura
Entrega do novo Plano Nacional de Cultura ao Congresso marca um avanço estratégico na reorganização das políticas culturais do país - Foto: Ascom Secult

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Congresso Nacional, nesta segunda-feira (17), a nova versão do Plano Nacional de Cultura (PNC), documento que irá nortear as políticas culturais do Brasil pelos próximos dez anos. Coordenada pelo Ministério da Cultura (MinC), a proposta foi construída a partir de um amplo processo participativo, no qual Alagoas teve atuação direta, por meio das conferências municipais, da etapa estadual e da participação qualificada de seus delegados na 4ª Conferência Nacional de Cultura.

Para a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, a atualização do Plano Nacional de Cultura representa uma conquista democrática, fruto da colaboração entre sociedade civil e gestores de todo o país.

“Alagoas fez parte desse processo desde o início. O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, realizou as conferências intermunicipais, a V Conferência Estadual de Cultura e participou ativamente da etapa nacional. Portanto, quando o presidente Lula envia esse novo Plano ao Congresso, vemos ali também o resultado do que Alagoas debateu, defendeu e sonhou para os próximos anos”, destacou a gestora.

Segundo Mellina Freitas, o que está sendo pactuado nacionalmente orienta e fortalece o trabalho já desenvolvido no estado, especialmente no que diz respeito ao financiamento, à descentralização das ações e à valorização da diversidade cultural.

“Na prática, esse plano traz instrumentos que ajudam Alagoas a avançar nas políticas estruturantes, garantindo mais estabilidade, previsibilidade e continuidade das ações, algo fundamental para que a cultura deixe de ser tratada como evento pontual e passe a ser uma política de Estado”, acrescentou.

“O Brasil voltou a planejar a cultura de forma ampla e participativa. E isso significa que Alagoas também se fortalece. Estamos falando de diretrizes que dialogam diretamente com nossos programas, com o Sistema Estadual de Cultura e com as demandas que ouvimos nas regiões. É um passo importante para consolidarmos políticas duradouras, que respeitem nosso território, nossa memória, nossa diversidade e a força dos fazedores de cultura alagoanos”, completou a secretária.

No mesmo evento, o presidente assinou o decreto que institui a Comissão Intergestores Tripartite, instância permanente de diálogo entre União, estados e municípios para acompanhar a execução do orçamento da cultura e fortalecer a gestão federativa do setor.

Direitos culturais no centro do plano

O secretário executivo do MinC, Márcio Tavares, explicou que o novo PNC reúne oito princípios e 21 diretrizes, tendo como eixo fundamental a garantia dos direitos culturais.

“Ele está na Constituição e, agora, é organizado pelo plano, que afirma o direito de todas as pessoas ao acesso e à produção cultural, à arte e à liberdade de criar e se expressar sem qualquer tipo de censura, à memória e ao patrimônio, aos saberes e fazeres tradicionais, à participação, à acessibilidade e, aos criadores, aos direitos autorais e à remuneração justa pelo seu trabalho”, afirmou.

Tavares ressaltou ainda avanços na inclusão de temas transversais, como justiça climática, soberania digital, eliminação de barreiras estruturais de acesso e valorização das matrizes indígenas e afro-brasileiras.

O plano estabelece oito eixos estratégicos para orientar as metas da próxima década: Gestão e participação social; Fomento; Patrimônio e memória; Infraestrutura e espaços culturais; Economia criativa e economia solidária; Cultura, bem-viver e ação climática; e Cultura digital e direitos digitais.