Alagoas
Pedagoga vence batalha contra síndrome neurológica rara no Hospital Metropolitano de Alagoas

A pedagoga Patrícia Ferreira, de 33 anos, moradora de Coité do Nóia, viveu um verdadeiro renascimento. Diagnosticada com Síndrome de Arnold Chiari - uma condição neurológica rara que afeta a região onde o cérebro se conecta à medula espinhal —, ela enfrentava fortes dores de cabeça e perda progressiva dos movimentos do braço e da mão.
O diagnóstico foi um choque, especialmente porque sua mãe havia falecido, em 2022, após perder os movimentos dos membros superiores e inferiores devido à mesma síndrome. “Foram dias muito difíceis. Eu já não conseguia fazer as coisas simples do dia a dia e tinha medo de que o mesmo destino da minha mãe se repetisse comigo”, conta Patrícia, emocionada.
Após se consultar com dois neurocirurgiões, foi informada que a cirurgia custava R$ 80 mil, o que a deixou aflita. “Eu não tinha condições de pagar e só pedi a Deus que me mostrasse um caminho. Foi então que a Secretaria de Saúde de Coité do Nóia conseguiu agendar uma consulta no Hospital Metropolitano de Alagoas, em Maceió, e a resposta às suas orações surgiram.
“Desde a primeira consulta no Hospital Metropolitano de Alagoas, fui recebida com atenção e cuidado. O médico me olhou com um olhar humano, preocupado com meu caso. Ali percebi que Deus estava agindo”, relembra Patrícia Ferreira.
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O neurocirurgião Duarte Cândido, responsável pelo primeiro atendimento e pela cirurgia, destaca a importância do diagnóstico precoce e do acesso à neurocirurgia de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A Síndrome de Arnold Chiari é uma malformação na base do crânio, que pode causar compressão do tronco cerebral e da medula. O tratamento cirúrgico visa descomprimir essa região, aliviando os sintomas e evitando complicações graves", explica o especialista.
Conforme Duarte Cândido, o Hospital Metropolitano de Alagoas dispõe de estrutura moderna, equipamentos de ponta e uma equipe altamente capacitada para realizar esse tipo de procedimento com segurança e qualidade. Ele ressaltou que, apesar de ser considerada uma síndrome rara, é muito comum no Nordeste brasileiro, devido às origens genéticas da formação da população.
A primeira cirurgia ocorreu no dia 25 de março, e Patrícia ficou quatro dias na UTI. “Fui cuidada por profissionais humanizados, desde o pessoal da limpeza até os médicos. Fiquei impressionada com o carinho, o cuidado e o ambiente limpo e acolhedor”, recorda a pedagoga de Coité do Nóia.
Sete dias depois, foi necessário fazer uma segunda cirurgia. O serviço social do hospital, atento à dimensão emocional do caso, conseguiu que os filhos de Patrícia, de 3 e 7 anos, pudessem vê-la momentos antes do procedimento. “Aquela visita me deu forças. E no centro cirúrgico fui recebida pela mesma equipe, com o mesmo amor. Parecia que eu era alguém da família”, relata.
O resultado das duas cirurgias foi um sucesso. Patrícia vive com os movimentos preservados e livre das dores que a acompanhavam diariamente. “Tudo o que pedi a Deus em oração, Ele me concedeu: o melhor hospital, os melhores profissionais, o melhor cuidado”, ressalta com gratidão.
Atualmente, ela retomou sua rotina como professora em uma comunidade quilombola em Taquarana e também como servidora da Secretaria de Assistência Social de Coité do Nóia, onde exerce a função de presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Além disso, é ministra extraordinária da Eucaristia, catequista desde os 12 anos e coordenadora da comunidade onde vive.
Sua fé mobilizou toda a cidade: o padre local organizou uma corrente de oração, unindo amigos e vizinhos em um só pedido - que tudo desse certo. E deu. “Os profissionais me trataram com respeito, empatia e amor. Meus familiares ficaram impressionados com o atendimento e perguntavam se tudo aquilo realmente era oferecido pelo SUS. Sim, era - e foi melhor do que eu poderia imaginar”, resume Patrícia.
Hoje, com um novo sorriso e sem dor, ela é símbolo de esperança e superação. “Deus me concedeu uma nova chance de viver, e o Hospital Metropolitano de Alagoas foi instrumento dessa graça", enfatiza Patrícia Ferreira.
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