Três imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) estarão presentes na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Palestras, eventos e lançamento de livro marcam a presença de Ana Maria Gonçalves, Lília Schwarcz e Míriam Leitão no maior evento cultural e literário do estado, cuja realização se dará entre os dias 31 de outubro e 9 de novembro no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, em Maceió. A entrada é franca.

Primeira negra a virar imortal em 128 anos de ABL, ocupando a cadeira nº 33, Ana Maria Gonçalves é escritora, roteirista e dramaturga, consagrada pelo livro Um Defeito de Cor, vencedor do Prêmio Casa de Las Américas (2007) e eleito como melhor livro de literatura brasileira do século 21 por júri da Folha de S.Paulo.

Em suas 952 páginas, o livro apresenta, em primeira pessoa, a trajetória de Kehinde, nascida no Benin (atual Daomé), desde o instante em que é escravizada, aos oito anos, até seu retorno à África, décadas mais tarde, como mulher livre, porém sem o filho, vendido pelo próprio pai a fim de saldar uma dívida de jogo.

Na Bienal, Ana Maria Gonçalves é atração do 9º Encontro Nacional do Nesem, coordenado pelo professor Gian Carlo de Melo, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e estará presente no dia 2 de novembro, das 19h às 21h, no Teatro Gustavo Leite.

Lília Schwarcz

A escritora, historiadora e antropóloga Lília Schwarcz é mais um nome confirmado na programação. Eleita imortal da ABL em março de 2024, ocupando a cadeira nº 9, Lília é doutora em Antropologia pela Universidade de São Paulo (USP), docente titular no Departamento de Antropologia da mesma instituição e professora visitante em Princeton desde 2010. Também foi curadora de diversas exposições como Histórias Afro-Atlânticas e, desde 2015, atua como curadora adjunta de narrativas no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Dentre as obras escritas por Lília, estão O Espetáculo das Raças (1993), As Barbas do Imperador (1998) – este, por sua vez, ganhou o Prêmio Jabuti de Livro do Ano, Brasil: uma biografia (com Heloísa Murgel Starling, 2015), Lima Barreto: Triste Visionário – que levou o Prêmio Jabuti de Biografia (2017), Sobre o Autoritarismo Brasileiro (2019).

Além desses, ela tem Enciclopédia Negra (2021), escrito com Jaime Lauriano e Flávio Gomes e vencedor do Prêmio Jabuti de Ciências Humanas e O Sequestro da Independência: Uma história da construção do mito do Sete de Setembro (2022), com Carlos Lima Júnior e Lúcia Klück Stumpf, todos eles publicados pela editora Companhia das Letras, da qual é fundadora.

Na ocasião, ela estará presente no dia 4, das 19h às 21h, com palestra e lançamento do livro Branquitude e a Sociedade Brasileira.

Míriam Leitão

A jornalista e escritora Míriam Leitão, que ocupa a cadeira nº 7 da ABL, é mais uma imortal confirmada na Bienal. Nascida em Caratinga (MG), em 7 de abril de 1953, ela iniciou sua vida profissional no Espírito Santo, seguindo para Brasília, São Paulo, até se mudar para o Rio de Janeiro, em 1986, e é autora de 16 livros de gêneros dos mais variados como não ficção, crônica, romance e livros infantis.

É jornalista de jornal impresso, rádio, TV e mídia digital e, em seus 53 anos carreira, já trabalhou em vários veículos de imprensa, dentre eles Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. Desde 1991 está no grupo Globo, atuando como colunista do jornal O Globo, como comentarista do Bom Dia Brasil, da Globonews, da CBN e também é âncora do programa de Míriam Leitão Globonews.

Na Bienal de Alagoas, Míriam Leitão estará presente no sábado, 8 de novembro, das 19h às 21h, para ministrar palestra sobre os desafios do Brasil Contemporâneo.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

Acompanhe as novidades da Bienal 2025 por meio do site oficial e também pelas redes sociais com o perfil @bienaldealagoas no Threads, Instagram e Facebook.

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