Alagoas

Advogado de vítimas e MP/AL pedem transferência de empresário que atropelou PMs

Cinara Corrêa com agências 26/10/2023
Advogado de vítimas e MP/AL pedem transferência de empresário que atropelou PMs
Foto: TNH1

O empresário suspeito de atropelar um casal de PMs, em Arapiraca, no sábado, 14, passou por audiência de custódia nesta quarta-feira. Edson Lopes se entregou à polícia, após a Justiça decretar a prisão temporária dele. Ele está sendo investigado por dirigir uma caminhonete que atropelou e matou a policial Cibelly Barbosa Soares e que feriu gravemente o também policial Gheymison do Nascimento Porto, noivo dela.

Durante a audiência de custódia, o advogado de defesa da família dos PMs pediu para que o empresário seja transferido para um presídio. Edson Lopes está cumprindo prisão temporária no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Craíbas, a 20 quilômetros de Arapiraca.

"Tivemos uma audiência de custódia na manhã de hoje, e pedimos para que o empresário seja transferido para um presídio, onde possa cumprir a prisão temporária. Ele está preso no Cisp de Craíbas, quando deveria estar em um presídio. Não faz sentindo ele estar detido em Craíbas. O nosso pedido foi acompanhado pelo Ministério Público de Alagoas, e estamos aguardando resposta", disse o advogado dos PMs, Napoleão Júnior.

Também foi protocolado um pedido para que a Justiça mantenha a prisão preventiva do empresário. "Também pedidos para que a Justiça mantenha a prisão temporária de Edson Lopes. Esse pedido, novamente, foi acompanhado pelo MP-AL. Estamos aguardando o laudo da perícia que deve mostrar as circunstâncias de como aconteceu o atropelamento. Também estamos aguardando o depoimento de novas testemunhas. Acreditamos que a liberdade do empresário pode atrapalhar as investigações", argumentou.

OUTRO LADO


A defesa do empresário disse que a decisão de direcionar a prisão do empresário ao CISP de Craíbas foi condicionada por medidas se segurança.

"A Lei 7.960/98, que fala sobre a prisão temporária, diz no seu art. 3° que os presos temporários devem, OBRIGATORIAMENTE, permanece separados dos detentos que cumprem outras espécies de pena. Entendo, assim, não ser cabível, por força de lei, o pleito do citado causídico.

Agora, a decisão cabe à justiça, alinhada com o posicionamento dos delegados que conduzem a investigação, uma vez que o sentido de direcionar a custódia de Edson àquela localidade foi primar pela sua segurança, pela sua integridade física", disse o advogado Wesley Souza de Andrade.