Alagoas
Saúde mental: Sesau promove Fórum Estadual de Prevenção e Pósvenção do Suicídio

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) promoveu, nesta
quinta-feira (21), o Fórum Estadual de Prevenção e Pósvenção do Suicídio, com o
tema: “Cuidado e Valorização da Vida”. O evento reuniu técnicos das áreas da
saúde, educação e segurança pública, além de representantes da sociedade civil,
e foi realizado no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), no bairro Poço, em Maceió.
Durante o evento, que foi organizado pelo Comitê de Prevenção e Pósvenção do Suicídio do Estado de Alagoas (CEPPSAL), foram apresentados dados estatísticos relacionados à saúde mental. No período de 2018 a 2022, foram notificados 26.428 casos de violência interpessoal/autoprovocada, sendo 10.149 (38,4%) lesões autoprovocadas, que contemplam as tentativas de suicídio e as autoagressões.
A supervisora de Atenção Psicossocial da Sesau, Tereza
Cristina Tenório, pontuou que os números precisam ser encarados pelo poder
público e por toda a sociedade. “Com esforço conjunto e sem noções
pré-concebidas, podemos avançar na prevenção e salvar vidas”, destacou.
Tereza Cristina Tenório explicou que o Fórum Estadual de Prevenção e Pósvenção do Suicídio foi realizado em alusão ao Setembro Amarelo, mês à conscientização sobre o tema. “Durante todo o mês as equipes da Sesau realizaram eventos nas unidades de saúde e em outras instituições, buscando levar informação e conscientização sobre este tema, que é tão sensível para toda a sociedade”, declarou.
Para a supervisora, o fórum buscou uma abordagem multiprofissional do assunto, buscando estimular o debate e a sensibilização em diversas esferas da sociedade. “O suicido ainda é um tópico considerado tabu por muitas pessoas e carrega em si um grande estigma social, por isso é importante que toda a sociedade discuta e aprenda sobre o assunto, afastando preconceitos”, lembrou Tereza Cristina.
Problema afeta família
A gerente de vigilância e controle de doenças não transmissíveis da Sesau, Rita Murta, destacou que o suicídio afeta não apenas o individuo, mas toda a sua família e pessoas próximas. “O problema não afeta apenas a pessoa em sofrimento mental, mas todos que estão ao seu redor. Por isso, esse é um tema complexo, que precisa do envolvimento de todos para seu cuidado efetivo”, salientou.
A gerente explicou que os casos suspeitos ou confirmados de violência autoprovocada são de notificação compulsória pelos estabelecimentos de saúde públicos e privados. Também cabe às autoridades sanitárias e aos estabelecimentos de ensino públicos e privados, bem como, ao Conselho Tutelar, realizar o registro.
“Um dos principais fatores de risco relacionados às lesões autoprovocadas são os transtornos mentais. Existem diversos transtornos e, para cada um, existe um tratamento adequado, seja para depressão, ansiedade, transtornos alimentares, dependência química, dentre outros casos. Com o tratamento adequado, pode-se melhorar muito a qualidade de vida. Transtorno mental não é uma sentença, há tratamentos eficazes”, enfatizou Rita Murta.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, a atuação para a prevenção e pósvenção ao suicídio conta com todo o apoio e esforço da gestão estadual. “Temos profissionais em constante aprendizado e preparados para ajudar as pessoas em sofrimento psicossocial e os familiares. Sobre este tema, aliás, temos uma ótima notícia, que é a criação de mais 98 leitos voltados para a saúde mental”, destacou o gestor.
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