Alagoas
Braskem deve anunciar mais R$ 1,7 bi em novo acordo de compensação em Alagoas
A Braskem e a Prefeitura de Maceió estão costurando mais um acordo de compensação relativo ao afundamento do solo em bairros da capital alagoana, que hoje gira em torno de R$ 1,7 bilhão, apurou o Valor.
Segundo fontes próximas às negociações em Maceió, o valor se refere a perdas, inclusive arrecadatórias, que o Município sofreu por causa do problema geológico e já vinha sendo negociado há muitos meses.
Sem considerar esse acordo adicional, os gastos da Braskem com os problemas em Alagoas, que foram atribuídos à exploração de sal-gema pela companhia em uma área da capital, somam cerca R$ 13 bilhões, entre recursos já desembolsados e saldo de provisão.
Em março, a Braskem tinha R$ 6,08 bilhões reservados em balanço para fazer frente ao restante das indenizações e outros dispêndios com o problema, que é identificado como evento geológico.
A companhia ainda é alvo de uma ação civil pública movida pelo Estado de Alagoas, que busca ressarcimento por perdas de arrecadação e pedia o bloqueio de R$ 1 bilhão em recursos. A petroquímica conseguiu reverter o bloqueio mediante a apresentação de um seguro-garantia bilionário e o processo está seguindo no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).
No início da semana, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou as redes para alertar que esse novo acordo pode excluir o Estado. “É importante que haja reparação dos danos a todas as vítimas, inclusive Prefeitura e Estado”, disse Calheiros, nesta sexta-feira, ao Valor.
O senador, que passou a criticar os acordos firmados pela Braskem neste ano, em meio ao avanço de seu processo de venda e do reequilíbrio das forças políticas com a mudança de governo, defende que a petroquímica não troque de mãos antes que o que chama de “crime ambiental” não esteja 100% quantificado e resolvido. “Seja quem for o comprador”, disse.
Até o fim de março, a companhia já havia apresentado cerca de 99% das propostas de compensação financeira, ou 18,933 mil, e tinha 93% das propostas aceitas. O senador defende ainda que o número de pessoas que devem ser indenizadas seja revisto para cima.
Procurada, a Braskem não comentou o assunto.
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