O Comitê Regional do Partido Comunista Brasileiro em Alagoas (PCB-AL) convocou toda sua militância, a classe trabalhadora e aqueles que defendem as liberdades democráticas a se fazerem presentes no ato desta segunda-feira (01/05), em alusão ao Dia do Trabalhador. A manifestação ocorreu na orla da Maceió e foi organizada por variadas centrais sindicais e frentes de luta.

O PCB-AL entende que é urgente construir as lutas que seguem a reivindicar as pautas para emancipação e direitos dos trabalhadores. Defende ainda que é dessa forma que conseguiremos frear o avanço do fascismo no Brasil, que já está se organizando para as próximas eleições.

“Entre as tarefas urgentes para a classe trabalhadora de todo o país está a necessária redução da Jornada de Trabalho para 30h, a revogação do Novo Ensino Médio e o fim da lei de terceirização irrestrita. Também devemos barrar o teto de gastos de Haddad, a reversão do PPI (Paridade de Preços Internacionais) e das privatizações na Petrobrás. É importante ainda a luta pela revogação das contrarreformas trabalhista e previdenciária”, avalia o CR.

A sindicalista Fran Rabelatto, representando o Andes Sindicato Nacional (ANDES-SN) e a Unidade Classista, corrente sindical do PCB, ressaltou importantes lutas da área da educação:

“Entendemos que é fundamental lutarmos por um projeto de educação emancipadora, precisamos urgentemente exigir que o governo revogue o Novo Ensino Médio, que nós queremos a nossa juventude com consciência crítica, queremos os filhos e filhas da classe trabalhadora em nossas universidades, produzindo ciência, tecnologia e conhecimento para os nossos interesses. Não queremos um conhecimento produzido em nossas universidades somente para resolver os problemas do mercado e da burguesia”, reivindicou.

O Primeiro de Maio é uma homenagem aos lutadores e lutadoras que foram presos e condenados à morte após participarem de uma manifestação em defesa da jornada de oito horas, num sábado, no primeiro dia de maio de 1886, nos Estados Unidos. Naquela data, milhares de trabalhadores e trabalhadoras haviam ido às ruas lutar pela redução das jornadas de trabalho, sem redução de salários.

“O Partido Comunista Brasileiro (PCB) se associa a todos(as) os(as) trabalhadores(as) do mundo neste Primeiro de Maio, um dia de luta que nos remete às batalhas da classe trabalhadora mundial contra a exploração do trabalho pelo capital ao longo da História. É necessário fazermos dessa data um dia de enfrentamento contra a barbárie capitalista, para atuarmos com firmeza no quadro em que nos situamos hoje no Brasil”, disse a Comissão Política Nacional do PCB.

As jornadas chegavam, na época, a 16 horas por dia nos EUA. Por isso a palavra de ordem "Um dia de oito horas sem corte no pagamento" foi a senha para grandes manifestações, que desembocaram numa greve geral.

A luta por jornadas de trabalho de até oito horas, por salários e remunerações dignas, condições de trabalho adequadas, garantia de oferta de empregos e de seguridade social sempre estiveram presentes nas lutas dos sindicatos e organizações de trabalhadores, no enfrentamento ao capital, ao patronato que detém os meios de produção, as fábricas e as empresas e que vivem da exploração do trabalho, apropriando-se da maior parte da riqueza produzida pelos trabalhadores, que é a base de funcionamento do sistema capitalista.

“Neste Primeiro de Maio, mais uma vez defendemos a unidade e organização dos/as trabalhadores/as e a luta por uma nova sociedade, sem miséria, sem fome, sem desemprego, sem crianças e idosos abandonados, sem pessoas obrigadas a morar na rua em virtude da situação de pobreza”, afirma o Partido.

O PCB luta por uma sociedade em que todos tenham emprego, salários e aposentadorias dignas, saúde e educação públicas e gratuitas, enfim, uma sociedade sem explorados nem exploradores, uma sociedade da abundância e da felicidade humana, a sociedade socialista.

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