Zinedine Zidane voltou a demonstrar entusiasmo com a possibilidade de retornar ao comando técnico — e não tem feito questão de disfarçar. Nos últimos meses, sua postura em eventos públicos mudou, e seu retorno ao trabalho já é tratado na França como questão de tempo. De acordo com a imprensa francesa, a expectativa é clara: Zidane deve assumir a seleção francesa assim que o Mundial de 2026 chegar ao fim.

Segundo o jornal As, da Espanha, a transição não é repentina. O processo de sucessão vem sendo articulado discretamente, enquanto Didier Deschamps, à frente da seleção desde 2012, já reconhece que seu ciclo está próximo do encerramento. Movimentações recentes reforçam esse cenário: o atual treinador e seus representantes têm buscado alternativas em clubes da Arábia Saudita, visando uma transferência ao mercado local após a Copa.

De acordo com veículos franceses, Deschamps aposta em seu currículo à frente da seleção — campeão mundial em 2018 e vice em 2022 — como trunfo para abrir portas em equipes sauditas de elite. O desempenho no próximo Mundial dificilmente mudará esse rumo: internamente, a percepção é de que o ciclo já se completou.

Zidane, por sua vez, recusou todas as propostas recebidas nos últimos anos — muitas delas esportivamente relevantes e financeiramente atrativas — para não comprometer seu objetivo principal: assumir a seleção de seu país no momento considerado ideal.

“Em breve estarei de volta ao banco”, tem afirmado o ex-meia, alimentando a expectativa que domina a França.

Rumores recentes chegaram a sugerir um possível retorno de Zidane ao Real Madrid, caso Xabi Alonso deixasse o clube. No entanto, conforme apurou a imprensa espanhola, não houve negociações nem na última primavera europeia, nem atualmente.

A relação institucional entre Zidane e o clube merengue é positiva, mas um novo retorno ao banco do Santiago Bernabéu não esteve em discussão — e, internamente, é considerado improvável.

Mesmo com passagens por apenas dois clubes — Castilla e Real Madrid —, Zidane consolidou-se como um dos treinadores mais vitoriosos do futebol europeu recente. No comando do Real, conquistou três títulos consecutivos da Champions League, feito igualado apenas por Carlo Ancelotti ao somar conquistas por diferentes equipes.

Essa trajetória, aliada ao respeito que ainda desperta no país, sustenta a estratégia de aguardar o momento certo. Zidane sempre priorizou seu prestígio esportivo e evitou assumir equipes em situações delicadas, preservando sua imagem antes do passo que realmente almeja.