O impedimento semiautomático chega como uma das principais inovações do Campeonato Brasileiro de 2026. A tecnologia, já utilizada há pelo menos quatro anos em competições da Fifa, será implementada no Brasileirão desde a primeira rodada, conforme anunciado pela CBF. O sistema integra câmeras de alta definição, inteligência artificial e validação humana para aprimorar a precisão das decisões.

O serviço será fornecido pela Genius Sports, empresa responsável pela mesma tecnologia na Premier League, que adotou o recurso em abril deste ano.

Na versão utilizada na Inglaterra, 30 câmeras são instaladas em pontos estratégicos do estádio, com o objetivo de registrar todos os movimentos da bola e dos jogadores. No Brasil, essas câmeras serão aparelhos do modelo iPhone, capazes de captar 100 quadros por segundo em resolução 4K — o dobro da taxa de frames das câmeras de transmissão convencionais.

Esse sistema possibilita a criação de um “tecido digital” do jogo, gerando cerca de 10 mil pontos de dados visuais para cada atleta em campo. A partir desses dados, a inteligência artificial identifica o exato momento do passe e os jogadores envolvidos na jogada a ser analisada.

Como o próprio nome indica, trata-se de um sistema semiautomático: a decisão final ainda depende da validação dos operadores do VAR e do árbitro de campo. Na Premier League, após a confirmação do lance, uma reprodução em 3D é exibida nas transmissões e nos telões dos estádios.

A imagem mostra um "muro" branco representando a linha de impedimento e uma animação de "pulsação" na parte do corpo do atacante que ultrapassar essa linha, nos casos em que o impedimento é confirmado.