Variedades
A luta de um menino para se livrar da ignorância
Em 1977, Roberto Rossellini presidia o júri de Cannes, integrado pelo escritor Carlos Fuentes, pela crítica Pauline Kael e pela atriz Marthe Keller. Premiaram Pai Patrão com a Palma de Ouro, o que levou o diretor do festival, Robert Favre le Bret, a publicar um polêmico artigo em que dizia que, a partir daquele momento, iria sempre desconfiar dos amadores esclarecidos. A quem queria atingir?
Pai Patrão, dos irmãos Paolo e Vittorio Taviani, é a atração desta segunda, 4, no canal Arte 1, às 23 h. Baseia-se no livro de Gavino Ledda, e o próprio escritor sardo aparece em cena para legitimar o relato sobre a sua transformação de garoto analfabeto que precisou desafiar a autoridade do pai para se firmar como grande linguista.
Rossellini estava na fase de defender a televisão como veículo de conhecimento e o filme foi produzido pela RAI, que se tornou a grande parceira do cinema italiano. A polêmica é que havia outro fortíssimo concorrente da Itália, e Um Dia Muito Especial, com Sophia Loren e Marcello Mastroianni, de Ettore Scola, não levou nada. E, também, 1977 foi ano em que Glauber Rocha recebeu o prêmio especial do júri pelo curta Di Cavalcanti, em que transformou o funeral do pintor numa indagação carnavalesca sobre o artista e a própria identidade nacional.
Autor: Luiz Carlos Merten
Copyright © 2020 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1COMUNICAÇÃO
TV Asa Branca Alagoas amplia cobertura e passa a operar também via parabólica em Banda KU
-
2
TV Gazeta de Alagoas lança programação local com três novas atrações diárias
-
3LUTO
Abigail Fernandes é encontrada morta na casa onde morava, em Palmeira dos Índios
-
4JUSTIÇA
Justiça bloqueia R$ 50 milhões de Lula Cabeleira e familiares por loteamento irregular em Delmiro Gouveia
-
5SEGURANÇA
Três líderes do tráfico morrem em confronto com a PM em Maceió