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Piloto da Polícia Civil deixa CTI oito meses após ser baleado na cabeça durante operação

Felipe Monteiro perdeu cerca de 40% do crânio ao ser atingido em helicóptero do Core, na Vila Aliança; saída do Centro de Terapia Intensiva foi marcada por aplausos, cartazes e emoção

Agência O Globo - 25/11/2025
Piloto da Polícia Civil deixa CTI oito meses após ser baleado na cabeça durante operação
- Foto: Ascom PCAL

O piloto da Polícia Civil Felipe Marques Monteiro, de 45 anos, foi transferido do Centro de Terapia Intensiva (CTI) para um quarto do Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, nesta segunda-feira (data). O agente permaneceu internado por oito meses após ser baleado na cabeça durante uma operação na Comunidade Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste da cidade, no dia 20 de março.

No momento do ataque, Felipe atuava a bordo de um helicóptero do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), quando a aeronave foi atingida por disparos efetuados por criminosos que atuavam na região. O policial sofreu um ferimento grave ao ser atingido por um tiro de fuzil na cabeça.

Socorrido inicialmente no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Felipe recebeu os primeiros atendimentos e foi diagnosticado com a perda de aproximadamente 40% do crânio, sendo classificado em estado gravíssimo.

No dia seguinte, foi transferido para o Hospital São Lucas, onde passou por diversas cirurgias, incluindo uma cranioplastia — procedimento cirúrgico para reparar falhas ou danos no osso do crânio.

A recuperação do policial vem sendo acompanhada de perto por sua esposa, Keidna Marques, de 43 anos, que administra uma página dedicada ao agente nas redes sociais e compartilha todas as etapas do processo com os seguidores.

Em vídeo publicado nesta segunda-feira, Felipe aparece sendo conduzido até o quarto da unidade de saúde sob aplausos da equipe médica e de enfermagem. Keidna o acompanha durante todo o trajeto. Na legenda da postagem, ela expressou sua gratidão:

“Sou grata a cada médico, enfermeiro, técnico, fisio, nutri, fono e todos do CTI neurológico que, com dedicação, tornaram esse avanço possível. Sou grata a Deus, que não soltou a nossa mão nem por um segundo. Sou grata aos amigos, familiares e a todos aqui desta rede virtual que oraram e continuam orando conosco. Hoje é dia de respirar fundo e dizer… Estamos vencendo!”