RJ em Foco
Policial penal é investigado por facilitar entrada de drogas em presídio do Rio
Servidor teria participado de ao menos quatro ações em que sacolas com entorpecentes e celulares eram arremessadas por cima do muro de unidades prisionais
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a 17ª DP (São Cristóvão), cumpriu nesta segunda-feira mandados de busca e apreensão contra um policial penal suspeito de facilitar a entrada de drogas e outros materiais ilícitos em unidades prisionais do Rio de Janeiro. O servidor é alvo de processo de sindicância aberto pela corregedoria da pasta.
De acordo com a Seap, os mandados foram executados em três endereços: dois na Baixada Fluminense e um em Benfica, na Zona Norte. Após as diligências, o policial penal foi conduzido à sede da 17ª DP para prestar depoimento.
A investigação aponta que o servidor esteve envolvido em pelo menos quatro episódios semelhantes desde abril deste ano, todos durante plantões em que integrava a equipe de serviço. Em cada caso, sacolas de lixo contendo drogas eram lançadas para dentro das unidades prisionais por cima do muro, com o auxílio de uma corda.
Primeiro flagrante ocorreu em junho
O primeiro flagrante confirmado pela Corregedoria aconteceu na madrugada de 2 de junho de 2025, no Presídio Evaristo de Moraes (Seapem), em São Cristóvão. Na ocasião, policiais em serviço encontraram uma sacola preta contendo drogas, celulares, chips, bebidas alcoólicas e outros materiais proibidos. A Corregedoria e a Polícia Civil foram acionadas imediatamente.
Imagens do sistema de monitoramento mostram que, no momento em que a sacola foi arriada para o pátio do presídio, o policial investigado estava na inspetoria acompanhando as câmeras. Em seguida, ele teria se deslocado até o local onde o material caiu, chegando a manuseá-lo e a conduzi-lo para um ponto de menor visibilidade dentro da unidade.
Outros episódios com o mesmo padrão foram registrados em 19 de abril, 5 de maio e 17 de maio de 2025.
Em nota, a Seap afirmou que mantém postura de “tolerância zero” à corrupção e reforçou que seguirá colaborando integralmente com as investigações administrativas e criminais em andamento.
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