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Fundação Darcy Vargas inaugura centro cultural Patrimoniará na região portuária

Espaço, integrado aos percursos da herança africana, celebra o patrimônio histórico e cultural da área da Gamboa

Agência O Globo - 21/11/2025
Fundação Darcy Vargas inaugura centro cultural Patrimoniará na região portuária
- Foto: Reprodução / Instagram

A região da Gamboa acaba de ganhar um novo ponto de referência cultural. Nesta quinta-feira, foi inaugurado o Galpão Cultural Patrimoniará, resultado de uma parceria entre a Fundação Darcy Vargas (FDV) e o Grupo Ombrello. O espaço foi aberto com a exposição homônima “Patrimoniará”, realizada pela Weave/Fomentae, reunindo obras de artistas contemporâneos, produções de alunos da fundação e peças do acervo histórico da FDV.

Com 340m², o local está preparado para receber outras exposições, tanto de alunos quanto de artistas da região, valorizando e expondo ao público as riquezas culturais dos bairros da Gamboa, Saúde e Santo Cristo.

— Ter um centro cultural aberto à comunidade em uma região tão representativa da história e da cultura negra é essencial. O Centro Patrimoniará quer pensar o futuro da Pequena África — afirma Camila Crispim, conselheira da FDV.

O Galpão Cultural Patrimoniará estará aberto ao público de quinta a sábado até 13 de dezembro. A exposição, com curadoria de Hugo Oliveira, diretor da Galeria Providência, apresenta documentos e fotos inéditas da FDV, fragmentos da antiga Perimetral e registros de remoções de casas da Providência, transformados em obras de arte que ressignificam a ruína como símbolo de resistência. A programação inclui ainda oficinas, apresentações musicais e exibições de filmes, promovendo o encontro entre artistas, estudantes e moradores em debates sobre memória, território e cultura.

— Patrimoniará é um neologismo que une ‘patrimônio’ e a ideia de futuro. Ele propõe uma investigação crítica sobre o que torna um lugar ‘patrimoniável’. A exposição organiza-se em cinco núcleos curatoriais: Histórico, Passado Presente, Patrimoniará e Futurar. A mostra coloca em diálogo a Casa do Pequeno Jornaleiro, práticas pedagógicas e trajetórias de resistência que compõem a memória viva do território — destaca Bruno Katzer, diretor executivo da Weave/Fomentae e realizador do projeto.