Neste Dia de Finados, o Rio de Janeiro se transforma em um grande espaço de memória, fé e arte. A cidade presta homenagens que vão do canto à contemplação — de tributos musicais a Preta Gil e Arlindo Cruz no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, a um tapete de 100 mil flores brancas no Jardim da Saudade Sulacap, símbolo de um pedido coletivo por paz mundial.

A concessionária Reviver promove, nos seis cemitérios sob sua administração — entre eles São Francisco Xavier, Cacuia, Guaratiba, Murundu, Ricardo de Albuquerque e Santa Cruz —, uma programação inspirada no tema “Amor Infinito”. No Caju, o destaque é a apresentação do Coral Reviver, formado por 200 colaboradores, que às 11h e às 14h entoa clássicos da MPB em homenagem a artistas que deixaram um legado de afeto e resistência. A programação inclui ainda projeções de fotos de entes queridos, distribuição de monóculos e fitas coloridas, em um ambiente voltado ao acolhimento.

— Com delicadeza, respeito e muito afeto, nossos colaboradores vão acalentar os corações de quem homenageia a memória de alguém que deixou esse amor que transcende — afirma Sandra Fernandino, CEO da Reviver.

Todos os cemitérios administrados pela empresa estarão abertos das 8h às 18h, com missas e celebrações ao longo do dia. Já no Jardim da Saudade Sulacap, o luto se traduz em arte e silêncio: um mar de flores brancas tomará o cemitério-parque em uma homenagem às vítimas das guerras e aos entes lembrados nesta data.

— Em tempos de tantos conflitos, quisemos fazer um manifesto em que o silêncio das flores fala mais alto do que qualquer discurso — diz Fabienne Bezerra, presidente do Grupo Jardim da Saudade.

A instalação integra o projeto Finados com Arte, que há mais de 25 anos transforma a data em um momento de reflexão e celebração da vida. Neste ano, o projeto se estende também ao Jardim da Saudade Paciência, que recebe o Concerto pela Paz Mundial, com o Coral de Petrópolis, além de missas e celebrações ecumênicas.