O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta quinta-feira, 11, uma perícia médica oficial da Polícia Federal antes de decidir se autoriza as cirurgias requeridas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O laudo deve ser apresentado em até 15 dias.

No despacho, Moraes destacou que, quando Bolsonaro foi preso, em 22 de novembro, passou por exame médico-legal, o qual não indicou "qualquer condição médica que indicasse a necessidade de imediata intervenção cirúrgica".

"Desde aquele momento, não houve nenhuma notícia de situação médica emergencial ocorrida com Jair Messias Bolsonaro", afirmou o ministro.

Moraes ressaltou ainda que Bolsonaro recebe atendimento médico em tempo integral, em regime de plantão, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

"Ressalte-se, ainda, que os exames médicos apresentados pela defesa não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há 3 (três) meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica", escreveu o ministro.

Nesta semana, a defesa de Bolsonaro solicitou que ele deixe a carceragem da PF e seja transferido para o hospital DF Star, em Brasília, para realizar duas cirurgias: uma para tratar um quadro de soluços e outra para complicações de uma hérnia inguinal.

Segundo o pedido, acompanhado de relatórios médicos, haveria necessidade de internação hospitalar "imediata" por 5 a 7 dias para ambos os procedimentos.