Política

Motta vai definir com líderes votação do projeto antifacção na próxima semana

Presidente da Câmara, Hugo Motta, afirma que decisão sobre análise das mudanças do Senado será tomada em reunião com líderes.

11/12/2025
Motta vai definir com líderes votação do projeto antifacção na próxima semana
Motta vai definir com líderes votação do projeto antifacção na próxima semana - Foto: Reprodução TV Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que irá definir, em reunião com o Colégio de Líderes na próxima semana, a data para votação do chamado "PL Antifacção" após as alterações promovidas pelo Senado Federal. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira, 11, em resposta a questionamento da imprensa.

"Eu vou me reunir com o Colégio de Líderes na próxima semana para a gente definir", disse Motta. Os deputados poderão aprovar ou rejeitar as mudanças feitas pelos senadores no texto.

Entre as principais alterações está a retirada da tipificação do crime de "domínio social estruturado" e a retomada da proposta do governo federal de atualizar a Lei de Organizações Criminosas, em vez de criar uma legislação paralela.

Na noite de quarta-feira, 10, o Senado aprovou o projeto. O texto retorna para nova análise da Câmara devido às modificações feitas pela Casa Alta.

O texto-base foi aprovado por 64 votos a favor e nenhum contra, em um raro consenso entre partidos da base do governo Lula e da oposição. Os senadores também rejeitaram um destaque apresentado pelo Partido Liberal (PL) que buscava equiparar certas ações de facções criminosas a crimes de terrorismo.

A proposta, de autoria do governo federal, foi aprovada inicialmente na Câmara sob protestos do Palácio do Planalto, após o relator Guilherme Derrite (PP-SP) alterar a redação. No Senado, as mudanças sob relatoria de Alessandro Vieira (MDB-SE) receberam apoio dos governistas.

O projeto prevê o endurecimento das penas para organizações criminosas, cria novas fontes de financiamento para o combate ao crime — incluindo até R$ 30 bilhões oriundos de apostas esportivas — e fortalece ações contra a lavagem de dinheiro.