Política
Cleitinho defende fim da jornada de trabalho 6x1 e redução de custos para CNH
Senador mineiro pede aprovação de PEC que limita jornada semanal a 36 horas e apoia medidas para baratear a CNH, destacando justiça social.
Em discurso no plenário do Senado nesta quarta-feira (10), o senador Cleitinho (Republicanos-MG) defendeu o fim da jornada de trabalho conhecida como escala 6x1 — seis dias de trabalho para um de descanso. Ele destacou a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da PEC 148/2015, que prevê a redução progressiva da jornada máxima semanal no país até o limite de 36 horas. O senador apelou aos colegas para que aprovem a medida em Plenário e afirmou que a mudança não é uma pauta ideológica, mas uma questão de justiça social e reconhecimento ao trabalhador brasileiro.
— Eu não quero saber se o governo é do Lula, eu não quero saber quem é o presidente da República. Eu vim aqui para defender a nação brasileira. Eu vim aqui defender a população brasileira. Eu vim aqui defender o trabalhador brasileiro — declarou o senador, que relatou a experiência pessoal de seu pai, que trabalhou a vida inteira sem descanso aos domingos.
Cleitinho também defendeu medidas que reduzam o custo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), como a não obrigatoriedade de autoescola anunciada pelo Ministério dos Transportes na terça-feira (9). Segundo ele, a medida pode diminuir em até 80% os gastos para tirar o documento, beneficiando principalmente a população de baixa renda. O senador afirmou apoiar iniciativas que tragam benefícios concretos à população, mesmo que venham do governo federal, ao qual faz oposição.
O parlamentar comentou ainda a discussão sobre a redução das penas dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Cleitinho destacou a necessidade de diferenciar casos de violência e depredação de manifestações pacíficas e criticou o que considera penas desproporcionais. Ele pediu celeridade do Senado na votação do chamado projeto da dosimetria, já aprovado pela Câmara (PL 2.162/2023), e defendeu equilíbrio e coerência nas decisões:
— O Brasil sabe quem é criminoso. Vamos usar a coerência, a prudência. Uma nação desunida nunca vai prosperar.
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