Política

Confúcio lamenta violência contra mulher e destaca projeto do 'auxílio recomeço'

Senador defende resposta imediata à violência de gênero, cita manifestações pelo país e propõe auxílio para vítimas retomarem a autonomia.

08/12/2025
Confúcio lamenta violência contra mulher e destaca projeto do 'auxílio recomeço'
Confúcio Moura (MDB-RO). - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (8), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) expressou preocupação com o avanço da violência contra mulheres no país e afirmou que o tema exige resposta imediata do poder público e da sociedade.

O senador citou as manifestações contra o feminicídio realizadas no fim de semana em diversas capitais, ressaltando que o movimento reforça a urgência de ações para o enfrentamento desse crime.

— Nos últimos dias, um clamor tomou conta do país. Nós vimos ontem as manifestações no Brasil. Um clamor que ecoou de norte a sul, reunindo vozes cansadas da violência e da brutalidade. O grito das mulheres e dos homens que caminham ao lado delas ocupou as ruas sob um lema tão urgente quanto inegociável: queremos mulheres vivas — disse.

Confúcio destacou que os números de feminicídio comprovam a gravidade do cenário, reforçando a necessidade de políticas públicas permanentes e da participação direta de instituições, escolas, igrejas e famílias. Ele defendeu ainda a abertura de delegacias da mulher 24 horas por dia, incentivos à denúncia e medidas de proteção às vítimas.

O parlamentar ressaltou a importância do projeto de lei (PL 58.35/2025), de sua autoria, que cria o chamado auxílio recomeço, destinado a mulheres vítimas de violência doméstica em situação de vulnerabilidade. A proposta prevê uma ajuda financeira temporária para que essas mulheres possam deixar o ambiente agressor, garantir condições mínimas de subsistência por até seis meses e receber capacitação para retomar a autonomia econômica.

— Parece óbvio dizer que uma mulher tem direito à vida. Mas no Brasil, infelizmente, até o óbvio precisa ser reafirmado. Eu estou aqui porque o Brasil chegou ao limite moral. Nós não podemos mais assistir calados à transformação da violência contra a mulher em rotina, em costume, em parte da paisagem social — afirmou.