Política
Izalci alerta para prejuízo no BRB e relaciona caso à CPMI do INSS
Senador cobra investigação sobre prejuízo bilionário no BRB e aponta impactos no patrimônio público e no Iprev.
Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (8), o senador Izalci Lucas (PL-DF) destacou a necessidade de apuração imediata sobre a situação financeira do Banco de Brasília (BRB). O parlamentar citou denúncias que apontam um prejuízo superior a R$ 12 bilhões após a aquisição de ativos do Banco Master, ressaltando que o rombo compromete o patrimônio público e o Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev), detentor de 16% das ações do banco.
Izalci defendeu a instalação de uma CPI pela Câmara Legislativa do DF e informou ter protocolado pedidos de informações para esclarecer as operações sob investigação.
— O banco justificou a compra, que seria somente das partes boas do Master, mas depois vimos, através das denúncias, que não foi bem assim. Na realidade, houve um rombo muito alto de mais de R$ 12 bilhões. Ninguém pode fechar os olhos para o que aconteceu com o BRB. Nosso patrimônio não pode ser destruído por ninguém. Sempre fomos firmes contra a corrupção — declarou.
O senador também fez um balanço da CPMI do INSS, afirmando que o colegiado identificou um esquema envolvendo associações, sindicatos, empresas e servidores públicos, responsável por autorizar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Segundo Izalci, mais de 40 entidades firmaram convênios com o INSS por meio de pareceres internos que viabilizaram repasses irregulares, e grupos criaram dezenas de empresas para movimentar valores ilícitos.
Ele informou que a segunda fase da CPMI irá investigar empréstimos consignados e o seguro-defeso, que também apresentam distorções relevantes.
— Esses acordos de cooperação técnica permitiam os descontos. Então, além de criar as associações, cada grupo desse — o grupo da Contag, o grupo do Sindnapi, o grupo da Conafer, o grupo dos golden boys, vários grupos — todos cuidavam, eram procuradores e sócios das entidades, das associações e dos sindicatos, e ao mesmo tempo criavam várias empresas. Teve gente que criou 10, 15, 20, 30 empresas. Evidentemente, também havia combinação na Dataprev. A Dataprev é que processava realmente a folha e os descontos da Previdência — afirmou o senador.
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