Política
Comissão discute direitos do nascituro e relação com o crime organizado
Audiência pública na Câmara aborda proteção ao nascituro, impactos na segurança pública e desafios demográficos.
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado realiza, nesta terça-feira (9), audiência pública para debater os direitos do nascituro na ordem civil. O encontro está marcado para as 16h30, no plenário 6.
Veja a lista de convidados para o debate
A audiência foi solicitada pelo deputado Capitão Alden (PL-BA). Segundo o parlamentar, o tema exige análise sob a ótica da segurança pública, da proteção penal e do cumprimento de tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil.
De acordo com Capitão Alden, o nascituro, a partir da 22ª semana de gestação, deve ser reconhecido como sujeito de direitos civis, com presunção absoluta de viabilidade fetal. Ele ressalta que esse entendimento se fundamenta no princípio constitucional da inviolabilidade da vida e nas garantias previstas no Pacto de São José da Costa Rica.
O deputado também aponta implicações práticas relacionadas ao crime organizado. Para ele, a proteção integral do nascituro contribui para evitar situações de exploração de gestantes e práticas clandestinas que movimentam recursos ilícitos e representam risco à saúde pública.
Capitão Alden cita dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública que indicam a atuação de redes criminosas envolvidas na eliminação de nascituros, o que, em sua avaliação, reforça a necessidade de políticas de controle mais eficazes.
Demografia
Na justificativa, o deputado menciona ainda o cenário demográfico brasileiro, marcado pela baixa taxa de fecundidade — de 1,6 filho por mulher, segundo o IBGE. Para ele, esse contexto torna urgente a adoção de medidas de proteção à vida intrauterina, apoio à maternidade e estímulo à adoção.
“A realização desta audiência pública permitirá que juristas, médicos, autoridades e representantes da sociedade civil discutam, de forma técnica e fundamentada, os direitos do nascituro, a presunção absoluta de viabilidade fetal a partir da 22ª semana e a articulação entre o Direito Civil, Penal e a segurança pública”, afirma Capitão Alden.
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