O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu neste sábado, 6, que passará a realizar atos em memória dos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A partir do próximo ano, a sigla pretende promover eventos nas principais cidades de todos os Estados brasileiros, com o objetivo de transformar a data em uma tradição anual.

A decisão foi tomada durante reunião do Diretório Nacional do PT, realizada neste fim de semana na sede do partido, em Brasília. Lideranças da legenda avaliam que os atos contribuirão para manter viva a memória dos acontecimentos e fortalecer a mobilização social.

Segundo integrantes do partido, a iniciativa também será uma oportunidade para o novo secretário-geral da Presidência, Guilherme Boulos, demonstrar sua capacidade de articulação com movimentos sociais.

Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um ato em memória da data, que acabou esvaziado, sem a presença dos chefes dos Poderes Executivo e Judiciário.

A segurança pública é outro tema central das discussões do Diretório Nacional do PT. Neste sábado, o partido retirou da proposta de resolução política a defesa de um ministério exclusivo para a área, após debates internos.

A primeira versão do texto petista, obtida pelo Estadão, previa a criação do ministério, mas o titular da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e secretários da pasta manifestaram-se contrários, argumentando que a divisão enfraqueceria o combate ao crime organizado.

Durante o encontro, integrantes das principais correntes do PT também analisam a conjuntura política e traçam estratégias para as eleições presidenciais de 2026.

Entre os presentes estão o presidente nacional do PT, Edinho Silva, o secretário nacional de comunicação, Éden Valadares, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), e o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP).