O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o modelo de emendas impositivas, classificando como um "erro histórico" a fatia do Orçamento da União sob controle direto do Congresso Nacional.

"Você só vai acabar com isso quando mudar as pessoas que governam e que aprovaram isso", afirmou Lula durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), o Conselhão.

O presidente ponderou que a disputa em torno das emendas não deve ser vista como um conflito institucional. "Nós do governo não temos nenhum problema com o Congresso Nacional", disse, destacando que divergências sobre o orçamento fazem parte do processo político e não comprometem a relação entre os poderes.

Lula voltou a criticar a lógica de restrições fiscais rígidas e argumentou que países desenvolvidos não operam sob limites como o teto de gastos brasileiro. "Um país que é a oitava economia do mundo não tem direito de ficar criando teto de gasto", declarou. Em seguida, comparou com economias avançadas: "Vocês acham que EUA e Alemanha pensam em teto de gastos?"

O presidente também reiterou que políticas públicas essenciais, como educação, ciência e tecnologia, não devem ser tratadas como despesas a serem comprimidas. Segundo ele, a revisão de prioridades orçamentárias é fundamental para sustentar o crescimento econômico e ampliar os investimentos sociais.