Política
Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, é preso por suspeita de vazar informações de operação policial
Ação da Polícia Federal investiga possível vazamento de dados sobre operação contra facção criminosa no Rio de Janeiro.
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso na manhã desta quarta-feira, 3, pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Unha e Carne. A defesa de Bacellar ainda não se manifestou sobre o caso.
De acordo com a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações da Operação Zargun, que resultou na prisão do então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, acusado de ligação criminosa com a facção Comando Vermelho (CV).
A Polícia Federal cumpre um mandado de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e um de intimação para medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação faz parte do contexto da decisão do STF no julgamento da ADPF 635/RJ (ADPF das Favelas), que determinou à PF a investigação da atuação dos principais grupos criminosos violentos do estado e suas conexões com agentes públicos.
TH Joias foi preso em 3 de setembro por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, sendo suspeito de negociar armas para o Comando Vermelho.
Após audiência de custódia, sua prisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio. Ele responde por associação e organização criminosa e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito, supostamente intermediados pelo parlamentar.
Suspeita de vazamento
A suspeita de vazamento foi levantada pelo procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, no dia da Operação Zargun, em setembro. Na ocasião, Moreira anunciou a abertura de investigação após indícios de tentativa de fuga e destruição de provas.
As investigações da Operação Zargun identificaram um esquema de corrupção envolvendo a liderança da facção no Complexo do Alemão e agentes políticos e públicos, entre eles um delegado da PF, policiais militares, ex-secretário municipal e estadual, além de TH Joias.
Segundo a PF, a organização criminosa se infiltrou na administração pública para garantir impunidade e acesso a informações sigilosas, além de importar armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos até para facções rivais.
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