Política

Desaprovação de Lula volta a superar aprovação, aponta pesquisa Atlas/Bloomberg

Levantamento mostra avanço na rejeição ao governo e recuo na aprovação; segurança pública e impostos estão entre os principais desafios apontados pela população.

02/12/2025
Desaprovação de Lula volta a superar aprovação, aponta pesquisa Atlas/Bloomberg
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Reprodução / Agência Brasil

A desaprovação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a superar a aprovação, segundo pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira, 2. O levantamento mostra avanço da rejeição, de 48,1% para 50,7%, enquanto o índice positivo recuou de 51,2% para 48,6%. O movimento interrompe a trajetória de recuperação observada desde agosto e recoloca o governo em terreno mais sensível.

As avaliações de ótimo e bom caíram de 48% para 44,4%, enquanto as de ruim e péssimo subiram de 47,2% para 48,6%. De acordo com o instituto, a inversão ocorre em meio à dificuldade do governo em oferecer uma resposta convincente para a área de segurança pública, especialmente após a megaoperação no Rio de Janeiro.

Em outras áreas, o estudo indica que Lula segue melhor avaliado do que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relações internacionais, direitos humanos, moradia e turismo. O governo anterior, porém, lidera a percepção positiva em 13 dos 18 temas pesquisados, principalmente em responsabilidade fiscal, segurança pública e impostos. Há ainda empate no quesito políticas sociais.

A sondagem também destaca os principais acertos percebidos no governo, com ênfase para o programa Farmácia Popular (86%), que oferece gratuidade em medicamentos, e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas com renda mensal inferior a R$ 5 mil (81%). Outros pontos positivos citados são a retomada do Minha Casa Minha Vida (74%) e o programa de renegociação de dívidas, o Desenrola (72%).

Entre os maiores erros atribuídos à gestão, estão a taxação de compras internacionais, conhecida como "taxa das blusinhas" (65%), e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (58%).

A pesquisa ouviu 5.510 pessoas em todo o país, entre 22 e 27 de novembro, por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de um ponto percentual, com nível de confiança de 95%.