Política
Deputada destaca importância de abordagem multidisciplinar no combate ao HIV/Aids
Sessão solene na Câmara reforça necessidade de políticas públicas inclusivas e alerta para desafios no enfrentamento da epidemia
A Câmara dos Deputados realizou, nesta segunda-feira (1º), sessão solene em homenagem ao Dia Mundial de Luta contra a Aids. A deputada Erika Kokay (PT-DF), responsável pelo requerimento da sessão, ressaltou que a data é uma oportunidade para refletir sobre os impactos da epidemia, promover solidariedade às pessoas que vivem com HIV e fortalecer o compromisso com políticas públicas eficazes e inclusivas.
Embora o Brasil seja referência internacional no diagnóstico e tratamento do HIV/Aids, ainda enfrenta desafios significativos. Erika Kokay enfatizou a necessidade de uma abordagem multidisciplinar nas políticas de saúde pública. “É fundamental que possamos traçar os perfis epidemiológicos e adotar um caráter multidisciplinar no enfrentamento ao HIV/Aids. Precisamos considerar os fenômenos e os impactos de uma epidemia que tem origens e variáveis fundamentais nos aspectos político-sociais”, afirmou.
Cleide Jane, representante do coletivo feminista de luta contra Aids Gabriela Leite, alertou para as desigualdades de gênero, que tornam as mulheres mais vulneráveis ao HIV e dificultam o combate eficaz à epidemia. “Fatores como pobreza, acesso limitado à educação e aos serviços de saúde afetam drasticamente mulheres negras e de comunidades marginalizadas, ampliando o risco de infecção. Defendemos a necessidade inadiável de políticas públicas que considerem a saúde sexual e reprodutiva das mulheres e adotem uma abordagem interseccional”, destacou.
Financiamento em risco
Andrea Boccardi Vidarte, representante do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), alertou que, apesar dos avanços tecnológicos no tratamento, o mais recente relatório da organização aponta para a redução do financiamento internacional, o que pode gerar até 3 milhões de novas infecções por HIV no mundo, anualmente, até 2030.
Andrea Boccardi também chamou atenção para o aumento do número de países que criminalizam atividades sexuais entre pessoas do mesmo sexo, fator que contribui para o crescimento dos casos.
Representantes de movimentos sociais presentes à sessão defenderam a inclusão de marcadores sociais no enfrentamento igualitário da infecção por aids, além do combate ao preconceito e ao estigma que ainda afetam as pessoas que convivem com a doença.
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