Política

Ex-coordenador do INSS é conduzido para depor na comissão

Jucimar Fonseca da Silva foi levado sob custódia após faltar a depoimentos, por decisão judicial solicitada pelo presidente da CPMI

01/12/2025
Ex-coordenador do INSS é conduzido para depor na comissão
Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS - Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

A Polícia Legislativa realizou a condução coercitiva de Jucimar Fonseca da Silva, ex-chefe das áreas de Pagamento de Benefício e de Consignação do INSS, atendendo a pedido do presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG). O depoimento de Jucimar à comissão está agendado para esta segunda-feira, 1º, às 16h, mas o ex-coordenador encontrava-se em um local próximo a Manaus.

O servidor já havia apresentado atestados médicos em duas ocasiões, em novembro, para não comparecer ao colegiado. Desta vez, uma decisão judicial provocada pelo senador Viana autorizou sua condução sob custódia para prestar esclarecimentos. A informação foi divulgada pelo próprio parlamentar em suas redes sociais.

“A expectativa é de que o depoimento esclareça como os operadores do esquema conseguiram movimentar tanto dinheiro com tanta facilidade e se há outros servidores envolvidos na estrutura interna da Previdência Social”, declarou o senador em publicação no X (antigo Twitter).

Como já noticiado pelo Estadão, a CPMI do INSS se prepara para uma nova etapa, focando agora em instituições financeiras que realizaram operações de crédito consignado sem autorização de aposentados e pensionistas. Até o momento, os parlamentares concentraram as investigações em descontos associativos ilegais promovidos por entidades e sindicatos.

O relator da comissão, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), protocolou na sexta-feira, 28, pedidos de convocação de dez presidentes de instituições financeiras acusadas de irregularidades.

Esses pedidos ainda precisam ser aprovados pelos membros da CPMI. Entre os alvos está Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso no último dia 18 pela Polícia Federal durante a Operação Compliance Zero e liberado na manhã de sábado, 29. Ele é acusado de envolvimento em fraude de R$ 12 bilhões na venda de créditos falsos ao Banco de Brasília (BRB).

O critério para a escolha dos executivos foi o volume de reclamações registradas na plataforma Consumidor.gov.br e na Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça.